O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, esteve reunido na manhã desta quarta-feira (21) com a mãe do menino Carlinhos, 9, que foi levado para a Argentina pelo pai Carlos Attias. Claudia Boudoux voltou de Buenos Aires nessa terça-feira (20) após nao ter conseguido ver o filho naquele país. O Estado já havia anunciado apoio jurídico à Cláudia.
"Caso seja preciso, vamos analisar as implicações legais e ver como podemos viabilizar esse auxílio. Seria uma questão humanitária", afirma Pedro Eurico.
#JCCidades Pedro Eurico anunciou que a mãe de Carlinhos poderá receber ajuda financeira do Estado durante processo pic.twitter.com/X65rxpMlxR
— Jornal do Commercio (@jc_pe) 21 de setembro de 2016
Carlos é acusado de ter levado o filho para a Argentina, sem autorização da mãe, após passar as festas de fim de ano com Carlinhos. Ele deveria ter devolvido a criança à mãe em janeiro. No mês passado, o nome de Carlos Attias foi incluído na lista vermelha da Interpol, mas ele garante que o filho não quer voltar ao Brasil e alega que Carlinhos sofria maus-tratos da mãe.
No Recife, Claudia foi até a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos para assinar um formulário que será encaminhado à Justiça brasileira. A formalidade foi o caminho apontado por membros do consulado durante a estadia de Cláudia na Argentina.
Segundo Pedro Eurico, é estimado um prazo de 30 dias para que Carlinhos volte ao Brasil. O secretário afirma que " as expectativas em relação ao caso são positivas, já que Carlinhos foi tirado de seu núcleo familiar".
A ajuda fincanceira do Estado será concedida à mãe do menino para que supra necessidades durante o período no qual ela estaja fora do Brasil. O caso Carlinhos será julgado com base na Convenção da Haia e na Convenção Internacional de Direitos Humanos, das quais Brasil e Argentina são países signatários.
Carlos Attias informou, em entrevista exclusiva a este JC, que pretende pedir a guarda do filho na justiça argentina. Segundo ele, Cláudia já havia impedido a visita do pai ao filho durante o natal, além de maltratar a criança.