Detentas da Colônia Penal feminina do Recife, antigo Bom Pastor, na Zona Oeste do Recife, realizaram um motim nesta quarta-feira (28), pedindo medidas para que seja evitado um surto de meningite meningocócica na unidade. Ninguém ficou ferido. Nesse domingo (25), uma reeducanda morreu após supostamente contrair a doença.
Duas detentas foram diagnosticadas com a doença, uma delas está internada no Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco, agentes da Colônia Penal que tiveram contato as detentas não receberam antibióticos. A informação foi negada pela Secretaria de Saúde do Estado. Nesta quarta, a secretaria de Saúde do Recife realizou uma visita na unidade e descartou a possibilidade de outras detentas terem contraído ou estarem com suspeita da doença.
O secretario de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, também esteve na Colônia Penal, e informou que não há possibilidade de um surto de meningite no local. Ele garantiu que outras cinco detentas, que estavam com sintomas da doença, na verdade, estão com uma gripe.
Por meio de nota, a secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), afirmou que não há registro de feridas. A situação foi controlada pelo Grupo de Operações e Segurança (GOS/Seres), agentes penitenciários da unidade e policiais militares.
O termo meningite define um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. Ou seja, a transmissão ocorre a partir de um contato próximo ou direto com as secreções respiratórias do paciente.
Em relação ao contágio da meningite meningocócica, é recomendado que pessoas que estiveram próximas a pacientes infectados façam uso de medicação, sob supervisão de profissionais de saúde, como prevenção. No caso de meningite bacteriana, o tratamento é realizado com antibióticos específicos.