José Maria Domingos é condenado a 19 anos pela morte do promotor Thiago Faria

Como já cumpriu parte da pena, resta a José Maria o cumprimento de 16 anos, 11 meses e 19 dias da pena
JC Online
Publicado em 14/12/2016 às 22:34
Como já cumpriu parte da pena, resta a José Maria o cumprimento de 16 anos, 11 meses e 19 dias da pena Foto: Foto: Reprodução/Facebook


Em sentença dada nesta quarta-feira (14) na sede da Justiça Federal de Pernambuco, no bairro de Jiquiá, na Zona Oeste do Recife, o réu José Maria Domingos Cavalcante foi condenado pelo homicídio do promotor Thiago Faria Soares e absolvido da tentativa de homicídio contra Mysheva Freire Ferrão Martins e Adautivo Elias Martins. José Maria foi condenado, em júri popular, a 19 anos de prisão em regime inicial fechado. Como já foram cumpridos 2 anos e 11 dias, resta o cumprimento de 16 anos, 11 meses e 19 dias da pena.

Na madrugada do dia 28 de outubro, dois dos réus envolvidos no caso foram condenados pela Justiça. José Maria Pedro Rosendo (conhecido como Zé Maria de Mané Pedro), mandante do crime, foi sentenciado a 50 anos e quatro meses de reclusão pelo homicídio de Thiago e pelas tentativas de homicício da noiva do promotor e do tio dela. José Marisvaldo da Silva, por sua vez, pegou 40 anos e oito meses de prisão pelos mesmos crimes. Um terceiro réu, Adeildo dos Santos, que era suspeito de participar da investida, foi absolvido pelo júri.

O julgamento de José Maria Domingos Cavalcante teve a duração de três dias, ocorrendo desde segunda-feira (12) até esta quarta. Na segunda, foram ouvidas a vítima Mysheva Freire Ferrão Martins e das duas testemunhas arroladas pela acusação, o delegado da Polícia Federal Alexandre Alves e a tia da vítima Mysheva Freire, Cláudia Tenório. No dia também ocorreu o sorteio dos sete jurados.

Na terça-feira (13), cinco testemunhas arroladas pela defesa foram ouvidas. Houve ainda o depoimento do perito criminal da Polícia Federal Carlos Eduardo Palhares Machado, que prestou esclarecimentos técnicos sobre o crime. Na sequência, o acusado foi interrogado. Na quarta-feira, último dia do julgamento, defesa e acusação participaram dos debates e, logo após, a sentença foi lida.

O crime

O crime aconteceu em 14 de outubro de 2013 e teve repercussão nacional. Thiago Faria seguia com a noiva e o tio dela para Itaíba, onde trabalhava, quando teve o carro interceptado no quilômetro 19 da PE-300, no município de Águas Belas. Os suspeitos efetuaram os disparos contra o promotor e fugiram em seguida. 

A motivação do crime, segundo a PF, envolveu a disputa pelas terras da Fazenda Nova. O acusado José Maria Pedro Rosendo Barbosa teria perdido a posse em um leilão para Mysheva, e teve que deixar sua casa. Como vingança, teria planejado o atentado.

A investigação foi marcada por divergências entre a Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Enquanto a polícia seguia a linha de de que o crime teria sido motivado pelas terras, os promotores consideravam que o assassinato poderia ter sido motivado por vingança ou ciúmes. Devido ao empasse, o caso passou para as mãos da Polícia Federal em 13 de agosto de 2014.

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