O combate ao tráfico de animais silvestres rendeu, nesta terça-feira (14), cenas marcantes para quem acompanha a luta ambientalista. Foi na soltura de 378 aves e 20 jabutis que retornaram ao habitat natural – a mata –, após passarem por período de tratamento e/ou readaptação nos centros de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara) e da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf). Os animais foram devolvidos à natureza pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), órgão que administra o Cetas Tangara, em área de soltura de Salgueiro, Sertão do Estado.
Os vinte jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria) estavam há oito meses no Centro de Triagem da Univasf, em Petrolina, Sertão do São Francisco, onde passaram por tratamento e readaptação após serem apreendidos em diversas ações de fiscalização na região. Eles foram entregues à CPRH para que o órgão ambiental estadual promovesse a soltura, junto com as quase 400 aves que foram reabilitados no Cetas, no bairro da Guabiraba, Recife, e no início da semana foram levados ao Sertão para a volta à liberdade.
As aves soltas são de diversas espécies e, entre elas, estão as 56 repatriadas de São Paulo para Pernambuco em janeiro último, após terem sido resgatadas pela polícia paulista em ações de combate ao tráfico de animais silvestres. São 19 galos de campina, 19 papa-capim baianos, oito patativas, cinco cravinas, três sofrês (concrizes) e dois cancões, que foram encaminhados ao Cetas/CPRH pelo órgão ambiental da Prefeitura de São Paulo.
Também foram soltas dezenas de outras aves (rolinhas, sibitos, bigodes, azulões, sanhaçus, jandaias etc), apreendidas em ações de fiscalização da CPRH e outros órgãos, como a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma). Nesta terça, todas voaram livres no Sertão. Algumas mais tímidas, devagar, outras mais rápido. Mas todas livres.