O governador Paulo Câmara afirmou que a empresa de transporte de valores Brinks, cujo cofre foi atacado
na madrugada desta terça-feira (21), funcionava de forma precária.
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"Também vamos cobrar o bom funcionamento dessas empresas. O que vimos hoje é que a empresa funciona de maneira precária. Vamos solicitar que a Polícia Federal fiscalize essas empresas, pedir que elas cumpram o seu papel e não funcionem de forma precária", afirmou.
A empresa Brinks divulgou nota afirmando que está colaborando com as investigações e que nenhum dos seus funcionários ficou ferido durante a investida.
A Brink's informa que está colaborando com as autoridades no levantamento de informações e investigação sobre o ataque ocorrido nessa madrugada em sua base localizada em Recife. Nenhum colaborador da empresa ficou ferido durante o ocorrido.
Em uma ação cinematográfica, cerca de 20 criminosos armados com metralhadores e fuzis aterrorizaram moradores da Zona Oeste do Recife, na madrugada desta terça-feira (21). Arrombamento do cofre de uma empresa de transporte de valores, no bairro de Areias, envolveu intensa troca de tiros, três policiais feridos, muita destruição e carros incendiados. Até o momento, ninguém foi preso.
Após a fuga dos suspeitos, a polícia iniciou uma série de perícias na sede da empresa, na Avenida Recife, nas vias onde os carros foram deixados e em um galpão de localidade não informada. Lá estaria a base montada pela quadrilha aqui no Recife. Quinze carregadores de rádio transmissor, dez carregadores de fuzis AK47, três rolos de cordeis explosivos e munição de metralhadoras ponto 50, que podem derrubar até helicópteros. Os comandantes das corporações também garantem que a quadrilha não é de Pernambuco. A investida, apesar de não ter semelhança com as demais explosões relizados no Estado, seguem o modus operandi de assaltos em outros estados do Brasil.
A Brinks, empresa de transportes de valores que foi alvo da ação de uma quadrilha na madrugada desta terça-feira (21), já esteve na mira da Polícia Federal no ano de 2015. Na época, durante a Operação Grande Truque, R$ 85 milhões foram apreendidos por suspeita de crimes como lavagem de dinheiro, instituição financeira clandestina e caixa dois. Na ocasião, um gerente da empresa também foi preso pela PF.
Dos R$ 85 milhões apreendidos, R$ 25 milhões estavam em reais e o equivalente a R$ 60 milhões foram encontrados em moedas estrangeiras. Entre as moedas havia dólares americanos, australianos e canadenses, francos suíços, libras esterlinas, euros, ienes, pesos argentinos, chilenos, mexicanos, colombianos e uruguaios, além de randezar, iuans e coroas norueguesas, dinamarqueses e suecas.
Segundo a PF, a empresa de segurança e transporte de valores comercializava ilegalmente moedas estrangeiras em Pernambuco e São Paulo. O gerente que havia sido preso foi liberado após o pagamento de fiança. Na época da operação, o homem não teve a identidade revelada, mas a polícia confirmou que ele era natural do Rio de Janeiro e residia no bairro de Boa Viagem.
Confira abaixo a nota da Polícia Federal.
"A Brinks foi alvo de uma operação realizada pela PF chamada Grande Truque no ano de 2015 e em em virtude de tais irregularidades, a PF instruiu 2 processos que culminaram com o cancelamento punitivo das atividades da empresa no ano de 2015 - porém, a BRINKS recorreu e conseguiu junto à justiça a suspensão dos dois processos da PF e vinha desenvolvendo suas atividades por força de decisão judicial."
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vem pressionando o governador para que ele solicite ao governo federal o envio da Força Nacional para reforçar a segurança durante o Carnaval.
Neste sentido, o grupo protocolou um ofício encaminhado ao governador às 11h desta terça-feira (21), no Palácio do Campo das Princesas.
Além do pedido ao governador, a oposição vai encaminhar, também nesta terça-feira, ofícios ao Ministro da Justiça e da Defesa pedindo apoio do Governo Federal, em caráter de urgência.