Estudo revela eficácia de espaçadores artesanais no tratamento da asma

Espaçadores artesanais, que podem ser produzidos pelos próprios pacientes a partir de garrafas pet, quando comparados aos comerciais
Editoria de Cidades
Publicado em 20/06/2017 às 11:08
Espaçadores artesanais, que podem ser produzidos pelos próprios pacientes a partir de garrafas pet, quando comparados aos comerciais Foto: Foto: Clemilson Campos / JC Imagem


Um estudo desenvolvido por médicos do Serviço de Pneumologia e de Alergologia do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em parceria com pesquisadores portugueses, demonstrou a eficácia dos espaçadores artesanais, que podem ser produzidos pelos próprios pacientes a partir de garrafas pet, quando comparados aos comerciais. Os espaçadores são dispositivos complementares utilizados para facilitar a administração de medicamentos inalados por meio dos nebulímetros pressurizados (bombinhas) para tratar a asma, permitindo ao paciente a utilização da medicação de forma correta. A pesquisa, em formato de artigo, foi publicada, recentemente, na edição nº 126 do periódico científico Respiratory Medicine.

Participaram da pesquisa 63 pacientes, divididos em dois grupos, que foram monitorados por dois meses. Metade dos participantes usou espaçadores comercializados nas farmácias e o restante fez uso dos aparelhos feitos de maneira artesanal, produzidos com garrafas pet. O estudo verificou que os resultados foram semelhantes em ambos os grupos no tocante à efetividade do tratamento para a asma.

O chefe do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica do HC, José Ângelo Rizzo, um dos responsáveis pelo estudo, salientou a importância da pesquisa, pois a eficácia dos espaçadores artesanais significa uma economia considerável para os pacientes com asma, já que o produto é comercializado nas farmácias com valores entre 80 e 90 reais. “É a ciência caminhando no sentido de desenvolver alternativas eficazes e mais baratas de tratamento da asma pensando em populações carentes ”, concluiu.

Sobre a Ebserh -

Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas. O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.

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