Ao contrário do que foi divulgado na noite de terça-feira (27/06) pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, os dois homens suspeitos de terem furtado 35 peças de tapeçaria da Associação das Tapeceiras de Lagoa do Carro, município da Zona da Mata Pernambucana, continuam foragidos. O delegado Joselito do Amaral, chefe de Polícia Civil de Pernambuco, corrigiu a informação em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (28/06), ao apresentar detalhes da operação que resultou na recuperação de 26 tapetes.
De acordo com o delegado, a polícia já tem a identificação dos dois suspeitos, mas apenas um deles teve o nome revelado. Paulo José da Silva, 28 anos, é morador de Lagoa do Carro e envolveu-se no furto de uma farmácia da cidade, em maio de 2017. “Depois de preso e autuado em flagrante, em 15 de maio, ele foi solto na audiência de custódia. E agora praticou o mesmo crime”, afirma o delegado regional de Goiana, Jean Rockfeller, responsável pelas investigações. O pai de Paulo José confirmou à polícia a participação do filho no arrombamento da Associação das Tapeceiras.
“Divulgamos o nome dele por causa desse fato”, justifica Joselito do Amaral. O outro homem que teria participado do furto das peças de tapeçaria também é morador de Lagoa do Carro. “Conseguimos apreender as mercadorias antes do início da Fenearte e esperamos capturá-los o mais rápido possível”, acrescenta. Das 35 tapeçarias furtadas, 34 fazem parte do lote de peças que a associação levará para a 18ª edição da Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte), de 6 a 16 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco.
A polícia localizou as peças de tapeçaria escondidas num matagal da zona rural de Lagoa do Carro. “Falamos com a população, temos nossos informantes e o pai de Paulo José, conhecido como Paulo Estaca, confessou a participação do filho no furto”, informa Jean Rockfeller. Segundo ele, uma terceira pessoa pode estar envolvida no crime e teria agido como atravessador. “Vamos em busca do receptor e das outras peças.” Os 26 tapetes recuperados voltaram para Lagoa do Carro logo após a entrevista coletiva no auditório da Polícia Civil, no Centro do Recife.