A Polícia Civil deflagrou nessa quarta-feira (5) a Operação Última Cartada, que resultou no cumprimento de 14 mandados de prisão e duas prisões em flagrante de um grupo que praticava roubos e furtos de veículos, na Região Metropolitana. Os crimes aconteciam, principalmente, nos bairros da Várzea, Boa Viagem, Imbiribeira, no Recife, e em Piedade, na cidade de Jaboatão. os detalhes das prisões e da atuação dos criminosos foram dadas em coletiva de imprensa, realizada na manhã desta quinta (6).
O delegado adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, Eduardo Aniceto, responsável pelas investigações, explicou que as investidas ocorriam, geralmente, na madrugada, sob encomenda de receptadores de cidades do interior do estado. Os veículos eram desmontados e as peças, encaminhadas a lojas de autopeças. De acordo com ele, existiam três grupos que, ocasionalmente, trabalhavam juntos.
Ainda na madrugada dessa quarta (5), quatro suspeitos foram detidos, após furtarem um veículo de dentro de uma residência. "O crime aconteceu na cidade de Itambé. Provavelmente já era uma encomenda. Os suspeitos foram para a residência da família, retiraram os cadeados e cometeram o furto enquanto os moradores estavam dormindo", detalhou.
Junto com o grupo, também foram encontrados selos do Detran, que, de acordo com Aniceto, eram coladas nas placas dos veículos para "dar aparência de legalização". "Vamos apurar as circunstâncias de como eles conseguiram pegar esses selos", afirmou.
"Eram veículos que têm valor comercial, principalmente no interior. São Toyota, kombis. Eles desmanchavam e vendiam as peças. Em relação ao destino dos veículos de luxo roubados, ainda está sendo investigado", disse o delegado titular de Roubos e Furtos de Veículos. Segundo ele, os grupos atuavam diariamente.
Delegado Mauro Cabral pontuou que, com a prisão de parte do grupo, o número de roubo de veículos no estado diminua e alertou que a compra de carros usados seja feita com atenção. "É muito importante que, na aquisição de peças, as as pessoas tenham a cautela de verificar o local e a origem, porque pode cometer o crime de receptação", concluiu.