Ainda não há um prazo para que o resultado da perícia apontando a causa do desabamento de um prédio em Garanhuns, no Agreste do Estado, na segunda-feira (10), seja divulgado. A inspeção começou nessa quarta-feira (12) e os peritos devem voltar ao local mais três vezes. As datas das próximas visitas não foram informadas
Embora a perícia ainda esteja em fase inicial, o delegado Patrick Dias, responsável pela investigação, indica que a estrutura do edifício pode ter apresentado falhas. "Preliminarmente, o que se pode verificar é que a estrutura de concreto armado apresenta falhas de execução, especificamente quanto a emenda das colunas, que seriam curtas, mas isso é uma informações preliminar. Ainda vai haver um estudo técnico mais aprofundado", explicou.
A Prefeitura de Garanhuns havia informado que abriu um procedimento interno para levantar toda a documentação relativa à execução e regularidade da obra. A edificação (o bloco C de um conjunto residencial de três prédios na rua Desembargador João Paes) já havia sofrido desmoronamento parcial durante sua construção em 2008 e passou por vistoria há seis anos, quando o município determinou serviços de manutenção.
O servidor público municipal Antônio Arcoverde, de 32 anos, e Edvaldo Soares, 66, morreram soterrados. A mulher de Antônio, a bióloga Genicélia Cardoso, 26, e a filha do casal, de apenas 20 dias, foram retiradas dos escombros. A mulher com pequenos arranhões e a bebê, ilesa. Familiares disseram que o casal procurava um novo apartamento para se mudar, devido aos problemas estruturais do prédio. Já Edvaldo iria se mudar na terça-feira (12).