Vítima de desabamento sonhava em ser músico

José Vicente trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Conservatório Pernambucano
JC Online
Publicado em 06/08/2017 às 9:34
José Vicente trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Conservatório Pernambucano Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem


Com informações de Cleide Alves

Um das vítimas da tragédia em Gaibu, Litoral Sul do Estado, quando uma marquise desabou matando três pessoas na noite do sábado, tinha um sonho: ser músico.

José Vicente da Silva, 47 anos, trabalhava como auxiliar de serviços gerais no Conservatório Pernambucano de Música e tinha ido ao litoral no final de semana para fazer um serviço extra. Natural de Macaparana, na Zona da Mata Norte do Estado, ele não conhecia a localidade e, como o serviço acabou sendo suspenso, resolveu tomar um sorvete no estabelecimento que funciona embaixo da pousada. Foi quando aconteceu o desabamento.

SONHO

"Ele sonhava em cantar, arranhava um violão e tinha comprado um piano há pouco tempo. Estava tendo aulas. Naquela manhã a gente tomou café juntos e ele cantarolou um frevo que ele tinha composto. Disse que seria o tema do Galo da Madrugada do ano que vem", comenta Maria José Lira, 46 anos, esposa de José Vicente. 

Ela conta que o marido chegou a gravar um cd com músicas próprias e que, apesar de não ganhar a vida como músico, se sentia realizado trabalhando como auxiliar de serviços gerais no Conservatório, um lugar onde se respira música.

O sepultamento do corpo de José Vicente será realizado em Macaparana, cidade natal dele. O auxiliar deixa dois filhos, de 21 e 12 anos.

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