Ritual religioso de tradição católica, o Dia de Finados será celebrado nesta quinta-feira (02/11) nos cemitérios públicos do Recife e de Olinda com missas, cultos e música. A programação começa às 7h em quase todas as necrópoles. No Cemitério de Santo Amaro, localizado no Centro da capital pernambucana, o público será recepcionado por uma orquestra de sinos do Conservatório Adventista de Música.
“É uma forma de levar conforto aos visitantes”, afirma o diretor Administrativo e Financeiro da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), Adriano Freitas. Ao longo do dia, professores e alunos do Conservatório Adventista de Música se apresentarão em Santo Amaro, o maior e mais antigo cemitério da cidade (inaugurado em março de 1851), com piano, violão e flauta, avisa Adriano Freitas.
Segundo ele, os cinco cemitérios públicos do Recife passaram por reformas de 2013 a 2016 e estão prontos para receber as visitas no Dia de Finados. “Temos manutenção de rotina e esta semana fizemos um reforço na pintura dos muros”, declara. No momento, apenas o Cemitério de Santo Amaro encontra-se com obra em andamento, para expansão dos velórios e construção de banheiros públicos.
O serviço contempla a construção de mais oito velórios, sendo quatro populares e quatro comuns. A diferença entre eles é o preço cobrado pelo serviço. Com o acréscimo, Santo Amaro ficará com dez velórios populares e 13 comuns. “Vamos entregar os quatro populares amanhã (quarta-feira, 1º/11)) e na sexta-feira (03/11) isolaremos os seis já existentes para reformas”, diz Adriano Freitas. Os quatro comuns, climatizados, entram em funcionamento em janeiro de 2018. Os novos banheiros serão acessíveis a cadeirantes.
Na cidade de Olinda, a prefeitura reforçou a iluminação, limpeza, manutenção e pintura dos Cemitérios de Águas Compridas e de Guadalupe, para o Dia de Finados. “A cada ano diminui o número de visitantes em 2 de novembro. O público este ano deve ficar entre 500 e 600 pessoas”, informa o administrador do Cemitério Público de Águas Compridas, Luciano José da Silva. Dos cerca de 600 túmulos, quase 40% estão abandonados, observa.
O Cemitério de Águas Compridas tem 1.600 vagas, somando túmulos, covas e gavetas. E faz até cinco sepultamentos por dia. “Muitas famílias não retornam depois do enterro dos parentes. Apenas 10% voltam para tirar os ossos”, comenta Luciano da Silva, acrescentando que no local também há um túmulo para uma menina sem nome, semelhante a Santo Amaro, no Recife, mas sem a mesma devoção no Dia de Finados. Ele desconhece a origem da sepultura.