Recife e Medellín se unem com políticas de enfrentamento às drogas

Criação de projetos, como o Farol Social, integram usuários e territórios que irão recebê-los pós-tratamento
JC Online
Publicado em 29/06/2018 às 15:13
Criação de projetos, como o Farol Social, integram usuários e territórios que irão recebê-los pós-tratamento Foto: Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


No encerramento da Semana de Políticas Públicas sobre Drogas do Recife, as Prefeituras do Recife e de Medellín, na Colômbia, assinaram memorando de entendimento e cooperação técnica para aperfeiçoamento das políticas de drogas das duas cidades. O documento marca o início da parceria entre a capital pernambucana e Medellín, que têm em comum as problemáticas de vulnerabilidade social, violência e uso abusivo de drogas.

Nesta sexta-feira (30), foi lançado também o Projeto Farol Social, que atua entre o acolhimento e a integração dos usuários de drogas, com o objetivo de facilitar o retorno ao território. O projeto conta com o apoio da sociedade civil através de voluntários que atuarão diretamente entre o usuário, a família e a comunidade, com o objetivo de restabelecer ou fortalecer os vínculos. “É uma estratégia que foca na reinclusão de ex-usuários de drogas não só na perspectiva do tratamento ao usuário para voltar a seu território, mas também na preparação das pessoas que irão recebê-lo. Cuidamos da família, dos amigos e pessoas interessadas a ajudar nesse processo”, explica o secretário executivo de políticas sobre drogas do Recife, André Sena.

Observatório de pesquisa

O secretário André Sena também defendeu a implementação de um observatório de pesquisa de excelência sobre drogas na cidade do Recife. A iniciativa é da Prefeitura em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).

“Esse observatória será implantado neste ano e atenderá à cenas de uso de drogas espalhadas pela cidade. Felizmente não temos o que é chamado de "cracolândia", mas temos cenas de uso concentrado que fomenta a marginalidade”, detalha. O objetivo do observatório é entender a relação dessas cenas com a injustiça social, a vulnerabilidade, a fim de que possam encaminhar propostas de desmobilização desses acontecimentos. “Para ter medidas assertivas, precisamos de números claros”, conclui André.

TAGS
usuários de drogas Medellín Recife drogas
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory