Desembarcaram no Aeroporto Internacional do Recife, na tarde desta terça-feira (3), os 115 imigrantes venezuelanos vindos da cidade de Boa Vista, Roraima, para buscar acolhimento nesta região do país. Desse grupo, 70 pessoas serão encaminhadas para Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.
A vinda desses imigrantes para Pernambuco faz parte das medidas tomadas pelo Governo Federal para acolher os venezuelanos que fogem da crise em seu país e buscam auxílio no Brasil. Além dos acolhidos em Igarassu, um grupo com 45 pessoas será levado para Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba.
Em nosso Estado, os venezuelanos serão recebidos pela ONG Aldeias Infantis SOS Brasil, que foi selecionada pelos organismos humanitários das Nações Unidas. O transporte dos 115 imigrantes foi realizado pelas Forças Armadas, que receberam recursos para preparar a acolhida e realizar o fluxo de interiorização dessas pessoas. "A gente entende que estamos dando nossa contribuição para resolver esse problema que assolou o pais vizinho e nossa missão é acolher e dar um futuro para essa população", comentou o general comandante da 7º Região Militar, Diuzit Brito. Além do Exército, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também participa da ação auxiliando no comboio humanitário.
Em Igarassu, os venezuelanos serão cadastrados e devem adquirir direitos básicos como acesso à educação, saúde e outras políticas sociais. Segundo Cloves Benevides, secretário de desenvolvimento social, criança e juventude, o Governo Estadual participará na acolhida dessas famílias. “Na semana passada nós recebemos um comunicado do Governo Federal nos pedindo para que o Estado e o município somassem esforços, para que pudéssemos oferecer apoio nessa acolhida e também avaliar a inserção em políticas sociais locais”, pontuou.
Os grupos foram divididos em núcleos familiares, evitando que parentes se separassem. Esta é a primeira vez que Pernambuco recebe imigrantes participantes desse projeto. O acolhimento na ONG durará um ano e espera-se que, no final desse período, os venezuelanos já estejam estabelecidos, com crianças em escolas e adultos com empregos.