Representantes das comunidades religiosas de matriz africana se concentraram em frente ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife, nesta quinta-feira (9). Eles agem em defesa da liberdade religiosa. O recurso que está na agenda do Supremo Tribunal Federal (STF) para ser julgado nesta tarde, pode impedir o sacrifício de animais em cultos das religiões africanas.
“Esse estado é laico. Como pode ser retirado das matrizes africanas o direito mais sagrado que elas têm?”, indagou Mãe Elza, coordenadora do movimento Rede Articulação Caminhada dos Terreiros de Pernambuco (Rede ACTP).
Por meio de nota, a assessoria do Ministério Público esclarece que “foi entregue ao MPPE um documento onde, em resumo, eles alegam que a tradição de matar animais em terreiro é para alimentar a comunidade, sob a crença de que o alimento é um ato simbólico e renovador, concebendo o corpo do animal servido com parte do sagrado”.