Não é exagero dizer que domingo (23/02) em Olinda tem um bloco em cada esquina. Quer ver só? É Mucha Lucha e Enquanto Isso na Sala da Justiça no Alto da Sé, D’Breck no Largo do Bonfim, Rebylleurias no Carmo, Sambadeiras na Ladeira da Misericórdia, Mulher do Dia e Elefante na Estrada do Bonsucesso e Vassourinhas em Guadalupe. E isso é apenas um aperitivo da festa. As agremiações são incontáveis assim como os foliões e brotam nos quatro cantos da cidade histórica a cada Carnaval.
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Vassourinhas tem 108 anos. Foto: Alesandre Gondim/JC Imagem
“Vamos sair da Rua Cândida Luísa, da frente da sede da Troça Cariri, que está nos homenageando este ano”, avisa o presidente de Vassourinhas, Erivelto Paes Barreto. Se não encontrar obstáculos pelo caminho, o clube carnavalesco vai descer a Rua Guadalupe (faz a apoteose na frente da sede) e seguir pela Rua do Amparo, Quatro Cantos, Rua Bernardo Vieira de Melo e Rua de São Bento até o prédio da prefeitura. Rotas alternativas podem ser criadas na hora, adianta o presidente.
O clube criado por famílias olindenses tinha outra denominação quando nasceu. “Nos três primeiros anos ele se chamava Os Papudinhos, mas o nome não combinava com um grupo frequentado por pessoas nobres e mudaram para Vassourinhas”, relata Erivelto. No Carnaval 2020, a agremiação do bairro do Amparo desfila com 100 passistas, 35 músicos na orquestra e as fantasias de destaque.
Com 68 anos de idade, o Clube Carnavalesco Misto Elefante alterou o local de saída para desfilar com mais conforto. A concentração, antes realizada no Largo de Guadalupe, migrou para o Largo do Bonsucesso, em frente à sede do Homem da Meia Noite, a partir das 16h. “O desfile começa às 17h, vamos dar uma voltinha na praça da Seplama e voltar pela Estrada do Bonsucesso para o Largo do Amparo”, diz Anax Botelho, diretor da agremiação.
Elefante vai passar pela Rua Guadalupe, Rua Orlando Silva, Rua Guadalupe (novamente), Rua do Amparo, Rua Joaquim Cavalcanti, Rua Henrique Dias, Rua 13 de Maio, Rua de São Bento e Ladeira 15 de Novembro. “Não dá para fazer a saída em Guadalupe porque tem muitos empecilhos no caminho, barracas, camarotes, palco”, enumera Anax Botelho. “Mas vamos passar por lá porque nosso público está em Guadalupe e no Amparo.”
Na Joaquim Cavalcanti, o clube faz uma parada na frente da casa de Fernando Alcides Marcondes, 85, o popular seu Nino, único fundador de Elefante ainda vivo. “Ele nos espera na calçada e nós tocamos o hino para homenageá-lo”, informa Anax. A orquestra é do maestro Oséas. Vestido com a camisa do clube, Fernando Marcondes lembra que a agremiação foi criada por seis ou sete amigos e teve como inspiração um bisqui de elefante surrupiado da casa de uma moradora.
Fernando Alcides Marcondes. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
“Naquela época a gente entrava na casa dos conhecidos para beber no Carnaval e um primo meu roubou o elefante que estava no terraço, depois dessa história, a gente chegava cantando: chegou a turma do elefante, quem não der o que beber para o ano vai morrer”, diz. “Comecei a brincar Carnaval com 15, 16 anos e brinquei muito, mas com 85 anos eu espero o clube passar e não faço mais o passo”, declara Fernando Marcondes.
Como em todos os anos, foliões de Elefante recebem placas vermelhas e brancas, as cores da agremiação, com frases e desenhos alusivos ao clube.
Alto da Sé
9h – Bloco Mucha Lucha
11h – Bloco Enquanto Isso na Sala da Justiça
11h – As Filhas de Betha
Carmo
9h – Troça Rebylleurias
9h – Batuques de Pernambuco
Largo do Bonfim
9h – Escola de Samba D’Breck
9h59 – Grupo Patusco
Ladeira da Misericórdia
10h – Sambadeiras
Largo do Bonsucesso
14h – Troça Mulher do Dia
16h – Clube Elefante
Praça 12 de Março
16h – Bloco da Saudade
Largo de Guadalupe
18h30 – Clube Vassourinhas