Homem da Meia-Noite desfila por Olinda com referências a Bacurau e óleo no Nordeste

O desfile do Homem da Meia-Noite de 2020 exalta o Sertão e cobra a preservação da água
Cássio Oliveira
Publicado em 23/02/2020 às 0:45
Foto: Foto: Elton Ponce/JC


Celebrando 88 anos em 2020, o Homem da Meia-Noite mostrou que é realmente uma majestade do Carnaval de Olinda. Neste domingo, 23 de fevereiro, exatamente à meia-noite, o calunga saiu de sua sede, no Bonsucesso, para ser reverenciado por uma multidão que aguardava ansiosa pelo seu desfile.

Neste ano, o bloco busca refletir sobre a preservação da água através do tema "Chover" inspirado na música de mesmo nome do grupo Cordel do Fogo Encantado, que é um dos homenageados pelo Calunga junto com o compositor Rogério Rangel e o Maestro Oséas.

Vestido de branco, e com cartola branca, o Home da Meia-Noite contou com pingos perolados em sua roupa, como pingos de chuva. O Calunga manteve o tradicional verde em uma camisa por dentro do paletó. Seus dois botões tinham um oito desenhado cada, fazendo referência à idade do boneco gigante, 88 anos.

Presidente

Segundo o presidente do Clube Carnavalesco de Alegoria e Crítica O Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho Alves, o desfile do calunga emociona a cidade. "O Homem da Meia-Noite, quando vai às ruas, a cidade para. As pessoas se emocionam, a expectativa é de um grande desfile, de um desfile cheio de emoção", disse.

Sobre o tema deste ano, Adolpho explicou que é preciso exaltar a força e a necessidade da preservação da água. "Vamos fazer também a campanha do carbono zero, inédita aqui na frente da sede. Vamos fazer plantações de mudas em Arcoverde e em Olinda, para compensar a emissão de carbono. Ou seja, o Homem da Meia-Noite sempre pensando em valorizar a vida acima de qualquer coisa", afirmou.

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