Apesar da decisão do TRT, rodoviários garantem paralisação nesta sexta

A categoria promete cruzar os braços a partir da meia-noite desta sexta
JC Online
Publicado em 27/04/2017 às 11:51
A categoria promete cruzar os braços a partir da meia-noite desta sexta Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem


O Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco garante que a categoria vai paralisar as atividades por causa da Greve Geral nesta sexta-feira (28), mesmo após a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT), determinando que os rodoviários coloquem nas ruas 50% da frota nos horários de pico e 30% no resto do dia, assim como recomendado pelo Grande Recife Consórcio de Transporte. Na manhã dessa quarta-feira (26), em entrevista à Rádio Jornal, o presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira, afirmou que o funcionário que não for trabalhar, levará falta.

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Em relação aos metroviários, uma liminar concedida na tarde desta quinta-feira (27), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT) determinou que os metroviários do Recife garantam o funcionamento de 50% do trens nos horários de pico, e 30% nos demais nesta sexta-feira (28), dia marcado para a Greve Geral no país. Em caso de descumprimento, o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro-PE) levará multa de R$ 100 mil.

A decisão da desembargadora Gisane Barbosa de Araújo foi dada no início da manhã desta quinta-feira (27) e implica numa multa diária de R$ 100 mil para o Sindicato, caso a entidade não cumpra a determinação. "Vamos parar a partir da meia-noite da sexta-feira. É uma greve nacional e nós vamos aderir. Se multarem a gente, vão ter que multar todas as outras categorias", declarou Benilson Custódio, presidente do Sindicato dos Rodoviários. Genildo Pereira, membro do Sindicato, garantiu que toda a categoria vai paralisar. "Nós fomos notificados da decisão. Quando a questão beneficia os patrões, são muito rápidas. Mas amanhã é greve geral e não vamos rodar", acrescentou.

Urbana-PE

Em entrevista ao blog De Olho no Trânsito, Fernando Bandeira comentou que acredita que a determinação da Justiça será cumprida. "Pedimos 70% da frota nos horários de pico porque entendemos que esse percentual atende melhor à população. Mas a decisão da Justiça já é boa e vai fazer com que a população conte com o transporte para se deslocar nesta sexta-feira. Entendemos o momento enfrentado pelo País, mas essa não é a forma correta de protestar. Transporte público é essencial. Os prejuízos econômicos, sociais e jurídicos serão grandes se a categoria parar", declarou.

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