Universitário esfaqueia duas pessoas e é morto por vizinho

Um universitário descontrolado com uma faca na mão e sem roupa foi morto por um vizinho na noite do último sábado (18), no edifício Maison Chagall, em Parnamirim, na Zona Norte do Recife. Antes de ser morto, Hebert Lucas de Abreu Mendes, 22 anos, esfaqueou a irmã Surana Abreu Mendes, 18, dentro de casa, e a vizinha Arlete Souza Negrão, 64, que não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã deste domingo (19), no Hospital Português.

Herbert chegou ao edifício onde mora, o Maison Chagall, sem roupa e, em vez de pedir para o funcionário do condomínio abrir o portão, preferiu pular o muro do prédio. Morador do apartamento 203, o jovem brigou com a mãe, pegou uma faca e atacou a irmã. 

Descontrolado e aparentando ter consumido algum tipo de droga, Herbert saiu pelo corredor e também esfaqueou a vizinha do apartamento 204, Arlete Souza Negrão. O jovem só foi detido após tentar invadir o apartamento 403.

O morador do imóvel, o auditor fiscal João Francisco de Lima Cruz, 39, estava acompanhado da mulher e da filha. Decidiu trancá-las no quarto antes de entrar em luta corporal com o jovem. Para se defender, João Francisco pegou um revólver calibre 38, que mantinha dentro de casa, e disparou contra Herbert.

Ferido no peito, o estudante foi encaminhado ao Hospital Agamenon Magalhães, a 100 metros do edifício, e depois transferido para o Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central da cidade. Ele não resistiu ao ferimento. Por telefone, Hamilton Mendes, pai do estudante, disse ao JC que o corpo do filho será velado e enterrado na Paraíba, onde parte da família reside.

A irmã de Herbert também foi levada ao Hospital Agamenon Magalhães, com ferimentos na perna e na cabeça.

O autor do disparo foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira. Ele alegou que estava com crise de hipertensão e pediu para ser levado a um hospital. O delegado Humberto Ramos, responsável pelo caso, autuou o auditor fiscal em flagrante por homicídio. Quando receber alta médica, ele será levado ao DHPP, onde prestará depoimento.