Após ouvir novamente os principais envolvidos no caso do menino encontrado morto dentro de um pula-pula em Sirinhaém, o delegado Carlos Veloso Lopes apontou a mãe da criança como principal suspeita. Segundo o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), Paulo Henrique dos Santos, 3 anos, morreu em decorrência de um traumatismo cranioencefálico causado por um instrumento contundente. A mãe, Patrícia Silva, negou ser responsável pela morte.
Ela e uma prima prestaram depoimento na tarde desta terça-feira (3). As duas já tinham sido ouvidas pela manhã, mas o delegado identificou contradições nos relatos, por isso voltaram à delegacia. Carlos Veloso afirmou que ocorreu abandono de incapaz, porque, segundo informações iniciais, a mãe abandonou o menino e saiu para beber.
A polícia trabalha com a hipótese de que Paulo tenha sido morto e colocado dentro do pula-pula. Carlos Veloso Lopes afirmou em entrevista à TV Jornal, pela manhã, que era impossível o menino ter morrido asfixiado dentro do pula-pula. “Ninguém vai sofrer um traumatismo craniano dentro de um brinquedo de plástico, de borracha.”
Paulo foi encontrado morto no último domingo (1). Segundo familiares, o garoto estava com a mãe na praça de Sirinhaém no momento em que desapareceu, na noite do sábado (31). Parentes realizaram buscas com ajuda de um carro de som por toda a cidade. Só na manhã do dia seguinte, encontraram uma sandália dele ao lado do brinquedo. Ao desenrolarem o equipamento, descobriram a criança morta.
Revoltada, a população queimou o brinquedo. De acordo com o delegado, as impressões digitais de um possível suspeito se perderam, devido aos danos causados pela população.