Quadrilha é presa antes de tentativa de assalto a casa lotérica em Cortês

Os suspeitos portavam uniformes da Polícia Civil e uma metralhadora. Operação da polícia foi resultado de denúncia
Do JC Online
Publicado em 14/12/2015 às 13:30
Os suspeitos portavam uniformes da Polícia Civil e uma metralhadora. Operação da polícia foi resultado de denúncia. Foto: Foto: Rebeca Motenegro/ JC Online


O delegado da Delegacia de Roubos e Furtos (DPRF), Mauro Cabral, divulgou em coletiva na manhã desta segunda (14) informações sobre uma operação policial em Cortês, na Zona da Mata Pernambucana, que resultou na prisão de quatro suspeitos de planejarem um assalto a uma casa lotérica no município. Com a quadrilha, foram apreendidas três armas de fogo, entre elas uma metralhadora 9 mm, dois veículos e fardamentos da Polícia Civil de Pernambuco e Alagoas.

A operação foi realizada em conjunto por policiais da DPRF, a Polícia Civil de Cortês, o 10º Batalhão da Polícia Militar de Pernambuco e o Grupo Tático Aéreo da Secretaria de Defesa Social e foi motivada por uma denúncia realizada à DPRF de que “um grupo criminoso, fortemente armado, iria praticar assalto a uma agência bancária na cidade de Cortês”. A ação aconteceu na última sexta-feira (11). Após a prisão dos suspeitos, foi constatado que o alvo era, na verdade, a casa lotérica.

Os suspeitos Edson Silva dos Santos (33), Edmilson de França Silva (38), Flávio Manoel dos Santos (44) e Marcelo José da Silva (31) foram presos na PE-085, na entrada de Cortês, após terem os carros em que estavam localizados pela polícia. Após troca de tiros, eles fugiram para a mata na encosta da rodovia, mas foram capturados. Durante a operação, Edmilson foi atingido por um tiro no braço e levado ao hospital, enquanto os outros foram encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel). A quadrilha foi autuada em flagrante por porte ilegal de armas, receptação e adulteração de veículo automotor e associação criminosa.

Segundo o delegado Mauro Cabral, a quadrilha pretendia utilizar o fardamento da Polícia Civil para facilitar a abordagem. “Eles utilizavam o fardamento para tentar facilitar o anúncio do assalto e, também, as armas”, comentou. O delegado não revelou onde os suspeitos teriam conseguido os uniformes para não prejudicar as investigações.

Todos os detidos já tinham passagem pela polícia e um deles, Flávio Manoel dos Santos, apontado como líder do grupo e conhecido como o “Carioca Máquina”, era foragido da justiça e cumpria 60 anos de pena por diversos crimes unificados, entre eles assaltos a bancos e carros-fortes. Os dois veículos que seriam usados no crime, um Fiat Strada e um Sienna, haviam sido roubados em agosto em Taquaritinga do Norte e em novembro em Olinda, respectivamente.

Para Mauro Cabral, a parceria com a Polícia Militar e a Polícia Civil de Cortês foi essencial para o sucesso da operação. “Devemos considerar a ação importante porque nós conseguimos aproveitar a informação e antecipar o crime”, ressaltou. Segundo Cabral, por enquanto não há informações sobre outras pessoas envolvidas na quadrilha.

A delegacia deve investigar, agora, se o assalto a casa lotérica seria apenas uma preparação para um próximo crime, de maior proporção, que seria cometido pelos suspeitos.

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