Família de Júlia faz campanha para encontrar Carlinhos

A família da menina Júlia, que foi levada pelo pai em Olinda, no Grande Recife, e resgatada duas semanas depois no Amapá, utilizou a página da campanha Vamos Encontrar Júlia, no Facebook, para pedir ajuda no caso de desaparecimento de Carlinhos. A criança de 9 anos foi passar o Natal na casa do pai, no Recife, há sete meses, e não foi devolvida à mãe.

"Gente, toda a ajuda de vocês aqui foi fundamental para acharmos nossa pequena Júlia. Por isso, viemos aqui pra pedir a ajuda de vocês também para a mãe de Carlinhos. Ele foi levado pelo pai em dezembro de 2015, que nunca mais o devolveu", disse a publicação.

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Na página Somos Todos Carlinhos, a fisioterapeura Cláudia Boudoux, mãe de Carlos Attias Boudoux, pede aos usuários que compartilhem as imagens do menino com informações sobre o desaparecimento. "O motivo deste chamado é uma súplica. Estou passando por um momento muito difícil. Desde o dia 25 de dezembro de 2015 que não vejo o meu filho", diz a mulher.

Nessa terça-feira (26), a mãe de Carlinhos desabafou sobre as investigações da polícia em busca do filho dela. "O que eu vejo é que a apuração está parada. A polícia está de mãos atadas, mas também é inoperante. Quando a pessoa quer, ela faz. Veja o exemplo da delegada Gleide Ângelo, que encontrou a menina Júlia em 15 dias no Estado do Amapá. Tenho certeza que se o caso do Carlinhos estivesse com ela eu já estaria com o meu filho", afirmou.

ENTENDA O CASO 

Cláudia Boudoux procurou o Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil no dia 9 de fevereiro para denunciar o desaparecimento do filho, então com 8 anos. No dia seguinte, 10 de fevereiro, a fisioterapeuta se dirigiu à Polícia Federal (PF) para formalizar a denúncia, temendo que ele deixasse o País com o garoto. De acordo com Cláudia, na noite de Natal, um oficial de Justiça foi até sua casa com um mandado para que os dois filhos do casal, uma menina de dez anos e Carlinhos, fossem para a casa do pai.

Ela entrou em contato com seu advogado e foi orientada a não entregar as crianças. No dia seguinte, entretanto, os irmãos foram para a casa do pai. Eles deveriam voltar em dois dias, o que não aconteceu. Cláudia então procurou a Justiça e conseguiu uma ordem de busca e apreensão. Com um oficial de Justiça ela foi até os endereços do ex-marido, mas não o encontrou em casa nem na sua empresa. No dia 30 de dezembro, o pai conseguiu novamente na Justiça o direito de passar o reveillón com os filhos, devendo devolvê-los à mãe no dia 2 de janeiro, mas não cumpriu com o combinado. Nesta data, o empresário deixou apenas a filha mais velha do casal com a mãe.

Quem tiver informações sobre o paradeiro da criança pode ligar para os telefones (81) 3421-9595, (81) 99950-2000, (81) 98173-8663 e (81) 98950-0070.