Família do médico Artur Eugênio pede pena máxima para acusados

Dois dos cinco indiciados pela morte do médico, em maio de 2014, vão a júri no dia 14 de setembro
JC Online
Publicado em 01/09/2016 às 12:30
Dois dos cinco indiciados pela morte do médico, em maio de 2014, vão a júri no dia 14 de setembro Foto: Foto: Ciara Carvalho/JC


A família do médico Artur Eugênio, assassinado em maio de 2014, em Jaboatão dos Guararapes, concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira (1º), para falar sobre o julgamento do caso, que começa no dia 14 de setembro. 

A viúva Carla de Azevedo e os pais do médico, Alvino Luiz Pereira e Maria Evane, pedem pena máxima para os acusados de envolvimento na morte de Artur. "Apesar da dor que a família está sentido,  resolvemos convocar a coletiva para que a sociedade nao esqueça a brbaridade do crime.Estamos confiantes de que a justiça será feita e de que os acusados vão pegar a pena máxima", afirmou Carla.

De acordo com o advogado da família, Daniel Lima, está claro que o médico Cláudio Amaro Gomes, foi mandante do crime porque teve seus interesses econômicos contrariados no ambiente de trabalho em que ele e a vítima trabalhavam. Cláudio Amaro estaria incomodado com a visibilidade que o colega de trabalho estava ganhando. "Nos autos há provas suficientes para provar a culpa de todos os envolvidos", explicou.

Os réus são o médico Cláudio Amaro Gomes, o filho dele, Cláudio Amaro Gomes Júnior, além de Lyferson Barbosa da Silva e Jailson Duarte César. De acordo com Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Cláudio Amaro Gomes responderá por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Já o acusado Cláudio Amaro Gomes Júnior será julgado por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), além de furto qualificado mediante fraude com comunicação falsa do crime e dano qualificado pelo uso de substância inflamável. Os outros dois acusados de participar do crime responderão por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e dano qualificado.

No dia 14 de setembro, vão a júri popular, no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, Cláudio Amaro Gomes Júnior e Lyferson Barbosa da Silva. Os outros dois, Cláudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César entraram com recurso e não vão ser julgados agora. Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.

CASO

O médico Artur Eugênio de Azevedo foi assassinado a tiros no dia 12 de maio de 2014. O corpo do cirurgião só foi encontrado no dia seguinte, às margens BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. De acordo com a denúncia oferecida ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o crime teria sido motivado por desentendimentos profissionais entre Cláudio Amaro Gomes e a vítima. A investigação, comandada pelo delegado Guilherme Caraciolo, apontou, ainda, que Cláudio Amaro Gomes seria o mandante do crime. Um quinto acusado, Flávio Braz, foi morto numa troca de tiros com a Polícia Militar, no dia 8 de fevereiro de 2015.

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