O governador Paulo Câmara estabeleceu um prazo de, até o final deste ano, para conseguir apresentar uma redução significativa da violência no Estado. Em entrevista concedida, na tarde desta segunda-feira (21), no Palácio do Campo das Princesas, o governador afirmou que os investimentos feitos na segurança apresentarão resultados nos próximos meses.
"Estamos contratando pessoal, reequipando todas as polícias. E eu tenho certeza que, até o final do ano, a gente vai ter resultados bem mais satisfatórios. Nós vamos terminar o ano com números mais satisfatórios do que quando começamos", afirmou. Ele disse que o governo enfrentou muitas dificuldades no final do ano passado, com os "enfrentamentamentos necessários, com ameaças de greve", mas que as ações estão sendo tomadas.
"Foi criado um plano de segurança que está em andamento, desde o início do ano, e desde abril, nós tivemos um esforço muito grande de diminuição. Tivemos um resultado melhor em maio, em junho. Tivemos um resultado pior em julho. Estamos trabalhando para que agosto a gente tenha um resultado melhor do que no ano passado", pontuou.
O governador admitiu que "os números são muito ruins" e que houve uma piora dos indicadores desde novembro do ano passado. Mas que o enfrentamento vem sendo feito. "Já prendemos mais de 900 homicidadas, mais de 15 quadrilhas especializadas em roubo de banco. Estamos contratando pessoal, reequipando todas as polícias. Nós estamos com um plano de segurança, para reestabelecer a hierarquia dentro das polícias, porque é fundamental ter hierarquia e disciplina", enumerou Paula Câmara.
Na entrevista, o governador descartou a possibilidade de solicitar reforço das forças armadas para o combate da violência no Estado, como acontece no Rio de Janeiro. "Basta olhar para as ruas para ver que as polícias estão trabalhando, tanto a Militar, quanto a Civil. Pessoas sérias que, com certeza, vão dar conta do recado. Nós precisamos do Exército tomando conta das fronteiras, evitando que entre arma, que entre drogas. Porque 70% dos homicídios que estão ocorrendo em Pernambuco têm relação com a droga."