Acusado de matar mulher asfixiada é indiciado por feminicídio

O mototaxista Wenderson de Oliveira Carneiro, de 34 anos, foi indiciado pela Polícia Civil, nessa terça (29) pelo morte da dona de casa Maria Thainá Araújo dos Santos, 20, sob as acusações de homicídio qualificado e agravante de feminicídio. Maria foi morta por asfixia e o corpo foi encontrado com as mãos e os pés amarrados em um terreno baldio, em Maria Farinha, no município de Paulista, no Grande Recife.

Natural de Campina Grande, Wenderson está preso desde o dia 2 de agosto. De acordo com o delegado titular da Delegacia de Maria Farinha, Álvaro Muniz, em junho foi emitido um mandado de prisão temporária contra o acusado, que foi preso em Campina Grande, na Paraíba. Ele contou também que Wenderson já tinha passagem pela polícia, por tráfico de drogas e violência doméstica. "Eles [Wenderson e Thainá] residiam em Campina Grande. Lá, os vizinhos relataram que Thainá vivia sofrendo violência. Em um dos depoimentos, ficamos sabendo que meses antes de matar a esposa, o companheiro chegou a enterrá-la viva”, relata.

Segundo a Polícia Civil, Wenderson de Oliveira está na Penitenciária de Campina Grande, onde aguarda a decisão da Justiça de Pernambuco. Caso seja condenado, pode pegar uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.

Relembre o caso

Dia 16 de maio, o corpo de Maria Thainá Araújo foi encontrado em uma área de terreno baldio, no bairro de Maria Farinha, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. De acordo com o delegado Álvaro Muniz, no dia do crime ela enviou uma mensagem para a mãe, avisando que o marido, Wenderson de Oliveira, queria matá-la. Logo depois, ela não entrou mais em contato com a família. "Neste mesmo dia, a filha do casal, uma menina de 2 anos de idade, foi deixada na porta da casa da avó, localizada no bairro do Janga, em Paulista. Próximo ao local onde o corpo de Thainá foi encontrado. Em junho, conseguimos um mandando de prisão temporária contra Wenderson e no início de agosto, ele foi preso em Campina Grande. Já remetemos o inquérito ao Ministério Público e vamos pedir a prisão preventiva”, conta Muniz