Fotógrafo usou arma de padrasto para matar ex-namorada e sogro

Além da arma de padrasto, Paulo Roberto também usou algemas para praticar crime em Serrambi. Ex-sogra continua internada no Hospital Dom Hélder Câmara
Da editoria de Cidades
Publicado em 13/10/2017 às 14:54
Além da arma de padrasto, Paulo Roberto também usou algemas para praticar crime em Serrambi. Ex-sogra continua internada no Hospital Dom Hélder Câmara Foto: Reprodução/Facebook


A Polícia Civil realizou na manhã desta sexta-feira (13) uma coletiva para apresentar os detalhes sobre o assassinato de duas pessoas seguido de suicídio registrado na noite dessa quinta-feira (12), em Serrambi, Litoral Sul do Estado. De acordo com o delegado Joselito Kehrle, chefe do órgão, o fotógrafo Paulo Roberto Correia da Silva, 30 anos, inconformado com o fim do relacionamento com Paula Maria Alencar Régis, 20 anos, pegou um revólver calibre 38 e algemas pertencentes ao padrasto dele, um sargento reformado da Polícia Militar que não teve o nome divulgado, e chegou até a casa da família da ex-namorada, aproveitando que ela estava de folga e havia ido visitar a família.

Inicialmente, o fotógrafo pediu às vítimas que se algemassem, mas após a recusa delas, ele atirou primeiro no ex-sogro, o médico aposentado Ênio Régis Biela, 58 anos, em seguida na ex-namorada, e por último na ex-sogra, Suzana Alencar Fonseca, de 45 anos, que foi atingida de raspão no pescoço. Paula e Ênio morreram na hora, Suzana sobreviveu. Após os disparos, Paulo Roberto atirou contra a própria cabeça e também morreu na hora.

Suzana, ao ver o ex-genro caído no chão, resolveu tirar a arma de perto dele, com medo de que levantasse e tentasse matá-la, escondendo o objeto em um balde. Ela foi socorrida para o Hospital Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, e seu quadro de saúde é estável e sem previsão de alta. Ela prestou esclarecimentos aos policiais na manhã desta sexta-feira (13).

Relacionamento

Paulo Roberto era casado e tinha uma filha de 5 anos, e há cerca de cinco meses deixou a família para ficar com a jovem de 20 anos. Eles moravam juntos, e quinze dias atrás, Paula resolveu terminar o relacionamento, que amigos e familiares afirmaram ser problemático, pelo ciúme de ambos.

A Polícia Civil afirmou que não há registros de ocorrências anteriores sobre agressões ou ameaças por parte de Paula Régis.

Liberação dos corpos 

A família de Paulo Roberto esteve no Instituto de Medicina Legal do Recife, no início da tarde desta sexta (13). Ainda muito chocados com o que aconteceu, Anderson Santiago, irmão adotivo do fotógrafo, afirmou que durante toda a quinta-feira (12), Paulo esteve com a família e no fim da tarde, ao ir embora, o fotógrafo afirmou que iria resolver uma coisa. "Nunca imaginamos que isso iria acontecer. Ele não deu nenhum indício", afirmou em entrevista à TV Jornal.

A família de Paula e Ênio Régis não havia aparecido no IML até as 18h desta sexta-feira (13), horário limite para liberação dos corpos. Segundo informações, os familiares mais próximos moram em Fortaleza e ainda estariam se locomovendo.

Investigação

A Polícia Civil vai aguardar a alta de Suzana Alencar Fonseca, única sobrevivente do crime, para que ela preste um depoimento oficial, conforme explicou o delegado Joselito Kehrle. "Dona Suzana prestou apenas alguns esclarecimentos. Só quando ela tiver alta, que prestar o depoimento, é que outros pontos sobre o relacionamento e o dia do crime serão esclarecidos", explicou. 

 

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