Por uma decisão do delegado Paulo Jeann, titular do inquérito, as investigações sobre o caso do acidente que vitimou três pessoas, sendo uma criança, e deixou outras duas gravemente feridas, no último domingo (26), serão realizadas sob sigilo. A justificativa seria para não atrapalhar o andamento das investigações.
De acordo com a assessoria, a Polícia Civil só voltará a se pronunciar sobre o assunto ao final do inquérito, que deve ser enviado à Justiça na quarta-feira (6) da próxima semana. Esse também é o dia em que termina o prazo da prisão preventiva decretada para João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, em audiência de custódia. Ele dirigia o carro que atingiu o veículo em que estava a família.
A colisão ocorreu depois que João Victor, que havia ingerido bebida alcoólica, conduziu em alta velocidade um Ford Fusion, avançou o sinal vermelho e atingiu o SUV Toyota RAV4 onde estavam as vítimas, no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata. O acusado, durante audiência de custódia, realizada nesta segunda-feira (27), afirmou que havia bebido desde as 13h no dia do acidente e não sabia precisar para onde estava indo.
O jovem foi preso preventivamente e encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), no município de Abreu e Lima, Grande Recife, ainda na noite dessa segunda.
A colisão ainda vitimou Roseane Maria de Brito, 23 anos, babá que trabalhava para a família como 'folguista' nesse fim de semana fatídico e estava grávida. Ela foi enterrada em sua cidade natal, Aliança, na Mata Norte do Estado. Roseane deixou uma filha de 3 anos. Também morreram na tragédia, a mãe Maria Emília Guimarães, 39 anos, e o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, 3. O pai Miguel Arruda da Mota Silveira Filho, 46 anos, e a filha Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5 anos, permanecem internados.