Médico encontrado morto em Aldeia voltaria ao trabalho nesta quinta

Em nota, gestor do Procape destacou Denirson Paes como um profissional responsável que retornaria às atividades após um período de férias
JC Online
Publicado em 05/07/2018 às 4:57
Em nota, gestor do Procape destacou Denirson Paes como um profissional responsável que retornaria às atividades após um período de férias Foto: Foto: Reprodução/Facebook


O médico encontrado morto em Aldeia, em Camaragibe, no Grande Recife, nessa quarta-feira (4), deveria voltar ao trabalho, no Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), nesta quinta-feira (5), quando seu período de férias chegaria ao fim. A informação consta na nota de pesar divulgada pela unidade de saúde. A mulher do médico e seu filho mais velho, suspeitos de cometer o crime, passam por audiência de custódia na manhã desta quinta.

"Dr. Denirson era profissional responsável, educado, carinhoso com os doentes e com os colegas. Homem simples e cumpridor dos seus deveres. Nunca presenciei alguma queixa relacionada a ele. Encontrava-se de férias, devendo retornar às atividades no Procape no dia 5/7/18", traz o texto assinado pelo gestor executivo do Procape, Ricardo Lima.

Entenda o caso

Após passar aproximadamente um mês desaparecido, o médico Denirson Paes da Silva, 54 anos, foi encontrado morto no condomínio de luxo onde morava com a família, localizado no quilômetro 12 da Estrada de Aldeia, em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR). O corpo do cardiologista, que também era advogado, estava dentro de um poço com cerca de 25 metros de profundidade, no terreno da casa dele, e foi retirado do local com o auxílio do Corpo de Bombeiros.

A esposa, que é farmacêutica, e um dos filhos da vítima, de 23 anos, foram levados para a Delegacia de Polícia Civil em Camaragibe e autuados em flagrante por ocultação de cadáver. A Polícia Civil se pronuncia sobre o caso às 15h desta quinta-feira (5).

Informações preliminares apontam que o corpo do médico apresentava sinais de esquartejamento. De acordo com o perito Fernando Benevides, do Instituto de Criminalística (IC), os restos mortais estavam em avançado estado de decomposição.

A delegada Carmem Lúcia Silva Andrade desconfiou do envolvimento da mulher e do filho no desaparecimento de Denirson e solicitou um mandado de busca e apreensão na residência da família após a farmacêutica registrar um boletim de ocorrência sobre o sumiço, no dia 20 de junho. Aos policiais, a esposa alegou que o cardiologista havia viajado para fora do Brasil e não teria retornado. Ele tinha uma viagem marcada para Miami, nos Estados Unidos, no dia 2 de junho.

No fim da noite de ontem, após voltar do condomínio onde a família morava, a delegada afirmou que havia arbitrado uma fiança de R$980 mil para a mulher e o jovem.

Amigos lamentam morte

Nas redes sociais, multiplicaram-se publicações com homenagens ao médico, que nasceu em Campo Alegre de Lourdes, na Bahia. Uma delas foi feita por uma mulher que se identificou como Auristela Landim no Facebook. “Nunca pensei que partiria dessa forma, somos da mesma cidade. Quando você era adolescente, eu levava recados para sua namorada, estudamos juntos e você se destacava por sua inteligência, depois você veio estudar Medicina no Recife e, por ironia do destino, eu acabei vindo estudar e morar na mesma cidade. O escolhi para ser padrinho de meu filho, por quem vocês demonstrava muito carinho. Estou com uma dor enorme, que você possa encontrar a paz espiritual. Compartilho essa dor com toda a família campoalegrense.”

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