A 54ª Operação de Repressão Qualificada do ano, denominada ‘Mar Negro’, foi desencadeada, na manhã desta terça-feira (16), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. A quadrilha agia no município de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife. 10 pessoas foram presas, e outras três estão sendo procuradas pela polícia.
Entre os detidos está Gibson José da Silva, o “Gibinho”, que gerenciava a facção criminosa. Acima dele estão, como chefes do grupo, Tobias e Bambam, que ainda são procurados pela polícia.
Com forte mercado ilícito de drogas no município de Ipojuca e localidades vizinhas, o grupo usava uma barbearia de fachada para esconder os entorpecentes. Willames Lima da Silva, conhecido como “Barbeiro”, era o responsável por guardar o material no estabelecimento.
Dos 10 que receberam mandado de prisão, quatro já estavam custodiados no Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), de Abreu e Lima, no Grande Recife. Rafael Victor de Aquino, o “Gago”, Daniel Calixto da Costa, vulgo “Calixto”, Maciel Alexandre Ferreira e Matheus Barros Maciel, já respondem pelo crime de tráfico de drogas e têm envolvimento com os homicídios praticados em Ipojuca.
Além desses, outros foram detidos durante a operação. Marcos Vinicius Araújo da Silva, Pedro Alexandrino do Nascimento Filho, Kennedy Wasen Pimentel de Santana e Marcelo Antônio da Silva foram encaminhados ao Cotel onde responderão por tráfico e participação em assassinatos.
De acordo com o delegado Ney Luiz, responsável pela operação, 90% dos crimes deste tipo cometidos na cidade, são de autoria dos integrantes desta quadrilha.
Além dos dois chefes, um integrante da facção está foragido. Wallef Aluino dos Reis Silva, conhecido como "Tango", é investigado por tráfico de drogas.
Durante a ação foram apreendidos dois revólveres calibre .38, uma espingarda, munições de calibre diversos, e um simulacro de revólver .357. Além do armamento, também foram encontrados rádios transmissores.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações da Operação Mar Negro foram iniciadas no mês de fevereiro deste ano. Ao total, foram expedidos 14 mandados, sendo 12 de prisão e quatro de busca e apreensão domiciliar. "Esta é a primeira fase da operação. Virão outros mandados e outras descobertas", destaca o delegado.
Durante a ação coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), estão sendo utilizados 50 policiais civis e as ordens judiciais estão sendo cumpridas pelo delegado Ney Luiz.