Polícia procura homem suspeito de aplicar golpes em site de vendas

Os golpes eram aplicados com o apoio de motoristas de transportadoras
JC Online
Publicado em 17/09/2019 às 16:36
Os golpes eram aplicados com o apoio de motoristas de transportadoras Foto: Foto: Divulgação/ Polícia Civil


Um homem está sendo procurado pela Polícia Civil de Pernambuco sob a suspeita de ter aplicado golpes em sites de venda de produtos com o apoio de motoristas de transportadoras. De acordo com a delegada Beatriz Gibson, titular da Delegacia do Consumidor, o suspeito se identificava como Fernando e vendia produtos roubados na internet. O crime foi detalhado na manhã desta terça-feira (17), durante coletiva de imprensa.

A delegada explicou que os motoristas das transportadoras eram aliciados pelo suspeito e danificavam os aparelhos eletrônicos antes de o produto ser entregue na casa da vítima. "Eles (os motoristas) sabem que a pessoa vai abrir (o pacote), perceber o defeito e pedir a coleta do produto", disse. A titular da delegacia explicou que as empresas dão um prazo de 48 horas a dez dias para buscar o produto. "Eles (os motoristas) sabendo disso, retornam à residência onde eles fizeram a entrega, dizem que foram buscar o produto e, para garantia da pessoa, apresentam cópia da nota fiscal que eles tiraram na véspera e também papel timbrado da empresa que eles têm porque os motoristas recebem o papel dizendo quais são os locais que irão fazer a entrega", detalhou Gibson. "Eles entendem a logística da transportadora e se beneficiam disso".

Segundo a Polícia Civil, os produtos mais escolhidos por Fernando eram Smart TV's e iPhones.

Vítimas

Até o momento, a polícia tem o conhecimento de quatro vítimas, sendo duas do Interior de Pernambuco e duas do Recife. "Nós só tivemos conhecimento do crime porque eles venderam uma televisão sem colocar o cabo de áudio (retirado para entregar ao comprador e ser constatado o defeito). Se não fosse isso, o comprador teria recebido essa televisão e jamais iria correr atrás de nada", contou a delegada. A vítima que recebeu a televisão com o defeito é uma pedagoga.

"Ao chegar em casa ela constatou que o aparelho estava sem áudio. Ela fez contato com a empresa, que se comprometeu em fazer a coleta. Quando foi no outro dia, a mulher foi surpreendida por pessoas em sua residência com cópia fiscal da TV e também papel timbrado da empresa dizendo que iam coletar o aparelho. Mas quando foi à noite, ela recebeu o telefonema de um rapaz que disse que tinha comprado uma televisão com a nota fiscal com o nome dela por um site de vendas e que essa televisão estava com defeito. A pedagoga, no entanto, disse que não tinha vendido o aparelho", explicou a titular da delegacia.

Até o momento, duas pessoas, que a polícia não informou as identidades, tampouco a participação no crime, foram indiciadas.

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