O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (13) que não há recomendação para que mulheres evitem a gravidez. Na última quinta-feira (12), o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, aconselhou mulheres de Pernambuco a adiarem os planos de gravidez até que haja maior clareza sobre as causas do aumento de casos de bebês com microcefalia no Estado. "Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado", disse ele.
A coordenadora do setor de infectologia pediátrica do Oswaldo Cruz, Doutora Ângela Rocha, reforçou que a decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família e não nenhum tipo de recomendação para que mulheres evitem a gravidez.
Até o momento, foram identificados 141 casos da malformação no Estado. Além de Pernambuco, outros Estados começam a relatar aumento expressivo de casos.
Até que se esclarecem as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde aconselha as mulheres que planejam engravidar a conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, os riscos de uma gravidez devem ser avaliados para tomar a sua decisão.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, está sendo prestado apoio técnico para o estudo, a investigação e a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia. O boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia no país será divulgado na próxima terça-feira (17), em coletiva de imprensa.
Repórter do JC fala sobre o que as gestantes precisam saber sobre a microcefaliaPosted by Jornal do Commercio on Sexta, 13 de novembro de 2015
Sobre os casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde orienta às gestantes:
1 -Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;
4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipentes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
6 - Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes.