Drones, Exército e escolas na luta contra o Aedes aegypti em Jaboatão

Aparelhos vão visitar 14 localidades para mapear imóveis com possíveis focos do mosquito
Margarida Azevedo
Publicado em 10/12/2015 às 5:03
Aparelhos vão visitar 14 localidades para mapear imóveis com possíveis focos do mosquito Foto: Foto: Diego Nigro / JC Imagem


Cinco drones - pequenos veículos aéreos controlados remotamente - fazem parte do time de guerra contra o mosquito Aedes aegypti em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Para ajudar no mapeamento de imóveis que podem ter focos do inseto, o prefeito Elias Gomes vai pedir auxílio do Exército, que já mobilizou homens para participarem, em toda Região Metropolitana, das ações de combate ao transmissor da dengue, chicungunha e zika. Amanhã serão convocados alunos da rede municipal para também contribuírem na mobilização para deter o avanço dessas três doenças.

“Vamos agregar a tecnologia na luta contra o Aedes aegypti. Os drones são modernos, seguros e com grande mobilidade. Vou pedir ao Exército que nos ajude na operacionalização. Precisamos de respostas rápidas para deter a proliferação do mosquito”, explicou Elias Gomes. Ontem foi o primeiro dia de uso dos drones, que estarão coletando imagens em Jaboatão por 15 dias. Os primeiros locais visitados foram Curado 4, Prazeres, Centro e Dois Carneiros. No total serão observados 14 localidades, entre bairros e comunidades.

As máquinas, manipuladas por uma pessoa que vê tudo por um monitor, identificam imóveis que possam ter criadouros do inseto. Há gravação de vídeos. Caso seja necessário, também podem ser tiradas fotografias. Cada drone pode voar até uma hora ininterruptamente e alcança até dois quilômetros de altura. O município está investindo R$ 37 mil no aluguel dos veículos aéreos.

Segundo a secretária de Saúde de Jaboatão, Gessiany Vale Paulino, as imagens serão analisadas diariamente. “Isso nos ajudará a identificar os imóveis que os agentes de endemia devem visitar. Os drones poderão observar, por exemplo, caixas d’água sem tampa e lonas empoçadas”, ressaltou Gessiany. Do início do ano até o mês passado a cidade teve 432 casos confirmados de dengue, nove de chicungunha e um de zika. Há ainda 40 bebês com suspeita de microcefalia, anomalia provocada pela zika.

Moradora do Curado 4, a autônoma Nilda Figueiredo, 49 anos, estava ontem com sintomas da dengue. Ao lado da sua casa tem um terreno da Escola Estadual Aderbal Jurema repleto de mato. Na frente do imóvel há uma estação elevatória da Compesa. “Vez ou outra tem poças d´água nesses dois lugares. Eu e meu filho estamos doentes e acho que é dengue. Minha preocupação é grande pois dois netos pequenos, um de 2 anos e outro de cinco meses, moram comigo”, comentou Nilda.

A Compesa informou que enviará hoje uma equipe ao local para verificar a queixa da moradora. A Secretaria Estadual de Educação afirmou que a situação denunciada na Escola Aderbal Jurema já está mapeada pela equipe técnica e que o serviço de capinação será realizado até o final deste mês.

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