O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE) realiza na manhã desta segunda (21) um encontro para discutir os efeitos do Zika Vírus e desmentir falsas informações sobre a doença. Estão presentes representantes da área de saúde, como a neuropediatra Ana Van Der Linden, a infectologista Ângela Rocha, o médico Carlos Brito e a médica Jucille Meneses. O fórum é transmitido online pelo link www.zikavirusmitoseverdades.com.br.
No evento, chamado "Zika Vírus - Mitos e Verdades", os palestrantes reúnem as informações até hoje conhecidas sobre o vírus, tiram dúvidas e esclarecem boatos. O encontro acontece na sede do CREMEPE na Rua Conselheiro Portela, no Espinheiro, Zona Norte do Recife. Lá, já foram confirmadas informações como a alta probabilidade da relação entre o vírus e os casos recentes de microcefalia, como comentou a infectologista pediatra do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Ângela Rocha. Os médicos ainda pensam em outras associações.
Segundo o clínico geral Carlos Brito, já é possível, em 80% das ocasiões, diferenciar os casos de dengue e zika. De acordo com a infectologista Regina Coeli, a maioria das mães de bebês com microcefalia não relata a presença de manchas vermelhas na pele durante a gravidez. Chamado exantema, o sintoma é um dos principais da presença de zika, chicungunha ou dengue. Já a presidente da Associação de Médicos de Pernambuco (AMPE), Helena Carneiro Leão, alertou que os casos de chicungunha devem aumentar nos meses de dezembro e janeiro.
Ainda segundo Carlos Brito, as consequências da zika congênita precisam ser observadas. Para o médico, a eliminação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue e chicungunha, não virá a curto prazo. Ele ressalta, porém, que diminir a quantidade de mosquitos em circulação ajuda muito. O Secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, já adiantou que a entidade pretende aplicar armadilhas contra o vetor, as ovitrampas, no Recife e Região Metropolitana para ajudar a combatê-lo.