Apesar de estoque menor, não falta vacina de meningite, diz Secretaria

Secretaria de Saúde de Pernambuco informa só recebeu 36% da cota mensal de vacina contra meningite C enviada pela União. Mas garante que há doses suficientes
Da editoria de Cidades
Publicado em 28/07/2018 às 7:00
Secretaria de Saúde de Pernambuco informa só recebeu 36% da cota mensal de vacina contra meningite C enviada pela União. Mas garante que há doses suficientes Foto: Foto: Bobby Fabisak / JC Imagem


Pernambuco recebeu, neste mês, só 36% da cota mensal da vacina meningocócica C do Ministério da Saúde. O número de casos da doença apresentou um pequeno aumento se comparados os balanços das últimas duas semanas. Foram 24 notificados e 16 confirmados de janeiro até sábado passado (21), segundo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde. Oito dias antes eram 22 e 15, respectivamente. Apesar de ter menos vacina e mais casos, o órgão assegura que não há relatos, por parte das prefeituras, de falta de doses. Nem motivo para preocupação por causa das ocorrências a mais.

“A quantidade de casos está dentro do esperado. Há uma vigilância diária dos casos de meningite. É prioritário. Acompanhamos todas as notificações e mantemos contato permanente com as secretarias municipais de Saúde”, afirma a gerente de Prevenção e Controle das Doenças Imunopreviníveis da Secretaria Estadual de Saúde, Ana Antunes. Três pessoas morreram este ano, até agora, por causa da doença. Nos 12 meses de 2017 foram dois óbitos.

Pernambuco necessita de uma média mensal de 67.284 doses da vacina meningocócica C. “Neste mês, o Estado recebeu 36% da cota mensal e já distribuiu as doses. Importante ressaltar que nenhum município pernambucano relatou falta da vacina”, enfatiza o órgão. Até esse mês, o Ministério da Saúde enviou, desde janeiro, 193.610 doses (27,6 mil/mês). Durante todo o ano de 2017, foram 486.138 doses (média de 40,5 mil doses/mês).

A doença ocorre a partir da inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou agentes não infecciosos. A vacina disponibilizada na rede pública de saúde previne o tipo C. Na infância, a vacina deve ser aplicada aos 3 e aos 5 meses de vida. Ao completar um ano, a criança recebe um reforço, completando, assim, o ciclo de três doses. Aquelas que não tomaram o reforço aos 12 meses poderão ser vacinados até os 4 anos. Ao chegar na adolescência, entre 11 e 14 anos, deve ser feito outro reforço ou dose única para quem não tomou antes.

A estudante Beatriz Alves, 12 anos, esteve ontem na Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, Zona Oeste do Recife, para se vacinar contra hepatite e meningite. “A pediatra dela recomendou que a carteira de vacinação fosse atualizada. E domingo Beatriz vai participar de um evento no Centro de Convenções com muita gente. Achei melhor prevenir logo”, comenta a mãe da adolescente, Mônica Alves.

REPOSIÇÃO

Em nota, o Ministério da Saúde informa que “a distribuição da vacina meningocócica C será normalizada a partir de agosto, em todo o País. No momento, a vacina está sendo distribuída aos Estados, porém de forma reduzida devido a atrasos na entrega pelo laboratório produtor, a Fundação Ezequiel Dias (FUNED)”. E complementa: “para municípios que estão com estoque reduzido, o Ministério orienta a realização do agendamento da vacinação, de acordo com a disponibilidade das doses.”

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