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Saúde Conectada: Tecnologia ajuda a colocar um fim nas noites em claro

Mercado oferece aparelhos de alta tecnologia que ajudam na batalha em busca do sono tranquilo

Gabriel Dias
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Gabriel Dias
Publicado em 29/05/2019 às 14:27
 Freepik/Banco de Imagens
Durante o sono, o corpo produz o hormônio GH, que atua no aumento da síntese proteica dos músculos - FOTO: Freepik/Banco de Imagens
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O silêncio da noite contrasta com a inquietude e vira cenário para a agonia. Essa é a realidade vivenciada diariamente por muitos
brasileiros que sofrem com distúrbios do sono. Apneia, insônia, ronco, sonambulismo e síndrome das pernas inquietas são algumas das doenças que impedem aquela tão desejada noite bem dormida. Os números não são baixos. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Royal Philips, empresa de tecnologia em saúde, aponta que 72% da população brasileira sofrem de alguma condição que afeta o sono. É uma multidão que luta para dormir. A boa notícia é que o mercado oferece aparelhos de alta tecnologia que ajudam nessa batalha em busca do descanso.

Entre os acessórios, está um dispositivo tem ajudado no diagnóstico daquilo que impede a tranquilidade no momento de dormir. O polissonógrafo portátil é um pequeno aparelho que mede a qualidade do sono do paciente, enquanto ele dorme, na própria casa. A ferramenta é indicada, pelos especialistas, como coadjuvante na identificação de casos de apneia do sono – uma condição em que o paciente para de respirar por mais de 10 segundos durante o descanso noturno.

“Antigamente, o paciente tinha que dormir no hospital ligado a fios na cabeça, eletrodos nos olhos, no coração e na perna, o que gerava muito incômodo. Hoje ele leva um aparelho pequeno para casa, prende uma cinta na altura do tórax, coloca um sensor no dedo e uma cânula no nariz”, explica o cardiologista Rodrigo Pedrosa, doutor em medicina do sono pelo Instituto do Coração do
Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). Esse exame não invasivo, chamado de polissonografia (mede a
atividade respiratória, muscular e cerebral, além de outros parâmetros), também pode ser usado para identificar outras doenças, como a insônia. “São distúrbios que atrapalham a qualidade de vida. Em geral, quem sofre com esses problemas tem muita dor de cabeça ao levantar, cansaço, perda de memória e sonolência excessiva”, esclarece o médico, que também faz parte da equipe da
clínica MCor, na Boa Vista, Centro do Recife.

Vantagens

A polissonografia feita na casa do paciente, de acordo com o especialista, tem várias vantagens. “É mais confortável, e o nível de qualidade nos resultados é bastante elevado. Apenas em poucos casos solicitamos que o exame seja refeito”, acrescenta Pedrosa, que recomenda o procedimento, em média, a 300 pacientes por mês. “A apneia é uma doença muito perigosa e que pode levar à hipertensão. Mas, se a apneia for diagnosticada e tratada rapidamente, é possível ajudar no controle da pressão alta.”

Cansada de acordar com a sensação de falta de ar, a agente de turismo aposentada Maria Bernadete Martins, 61 anos, resolveu buscar ajuda para identificar o problema e mantê-lo sob controle. “Há alguns dias, adormeci no sofá de casa logo depois de almoçar. Acordei, de repente, sufocada. Foi muito assustador porque eu puxava o ar, que não vinha. Não conseguia respirar. Isso ocorre de vez em quando”, conta Maria Bernadete, já orientada a usar o polissonógrafo em casa. 

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