Em celebração à campanha ‘Outubro Rosa’, o serviço de cirurgia plástica do Hospital das Clínicas da UFPE realizará, entre os dias 21 e 25 deste mês, o seu 5º mutirão de reconstrução mamária. Até o momento, dez mulheres foram pré-agendadas e farão as cirurgias ao longo da semana, pela manhã e tarde. No restante do mês, as pacientes que possuírem encaminhamento de um mastologista ou de um oncologista de qualquer serviço público de saúde poderão comparecer ao ambulatório de cirurgia plástica, que fica no 3º andar, das 7h às 9h, de segunda à sexta-feira, para avaliação do caso e marcação do procedimento. O hospital é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
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O que é a ‘mastectomia’?
A cirurgia denominada de “mastectomia” serve para a retirada do câncer e acaba comprometendo parcial ou totalmente as mamas de mulheres acometidas e, por isso, a reconstrução mamária surge como a opção aplicada imediata ou posteriormente, a depender da gravidade do caso. O procedimento é um direito das mulheres, previsto na Lei 12.802/2013, como tratamento do câncer.
De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer mamário é o tipo dessa doença mais comum entre as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não melanoma. Ainda, segundo dados da instituição, em 2018, o Brasil figurou na segunda faixa mais alta de incidência de câncer de mama entre todos os países com 62,9 casos por 100 mil mulheres.
Viabilidade no tratamento
Para o presidente do Hospital das Clínicas, Rafael Anlicoara, a ação ajuda na melhora da qualidade de vidas das mulheres afetadas pela doença. “O procedimento de reconstrução mamária hoje em dia já integra o tratamento contra o câncer de mama, ajudando na retomada da qualidade de vida e também da autoestima da mulher, algo que melhora exponencialmente após o reparo dessa parte importante de seu corpo e feminilidade”, explica ele.
Experiência
Lucielma Vieira ficou sabendo do mutirão através do genro. Ela será a primeira paciente operada. No ano de 2009, após realizar um exame de rotina, recebeu o diagnóstico da doença. Ela fez tratamento com quimioterapia e radioterapia, mas precisou ter a mama esquerda retirada. “Já fazia tempo que eu queria fazer a reconstrução, mas por algumas intercorrências na minha família, esse projeto teve que ser adiado. Eu fiquei sabendo que o HC realizava essa cirurgia, então, resolvi que essa seria a hora, e estou muito alegre e ansiosa. Eu quero me olhar novamente no espelho”, afirma ela, que é uma das autoras do livro “Com a cara na rua”, que traz relatos de diversas mulheres que passaram pela doença e decidiram compartilhar um pouco de suas histórias e experiências.