HGV

Plano Emergencial para atender pacientes de área isolada do HGV

O Bloco G3 do Hospital Getúlio Vargas foi fechado preventivamente pela Codecipe
Cinthya Leite
Publicado em 06/12/2019 às 7:36
Profissional de saúde trabalhava no Hospital Getúlio Vargas, Zona Oeste do Recife Foto: Foto: Day Santos/JC Imagem


Com o total isolamento do bloco G3 do Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, devido a problemas na estrutura do edifício, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) se mobiliza para organizar um plano assistencial que atenda a demanda reprimida durante esta semana em que a Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) fechou preventivamente o bloco, que engloba quatro das 14 salas do bloco cirúrgico, o laboratório e oito consultórios do ambulatório. “Por dia, são realizadas de 40 a 50 cirurgias. Esse número caiu nos últimos dias, devido ao isolamento do G3 e, por isso, precisamos agora criar um cronograma que atenda esses pacientes”, esclarece a secretária-executiva de Atenção à Saúde da SES, Cristina Mota.

Ontem ela, demais gestores da pasta, o diretor do HGV, Bartolomeu Nascimento, e representantes da Codecipe participaram de coletiva de imprensa para informar que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) garantiu não existir indicativo de comprometimento da estabilidade nos blocos G1, G2 e G3 do hospital. Segundo a SES, também ontem, a Codecipe emitiu nova nota técnica relatando que, de acordo com o laudo da empresa especializada, não foram constatadas modificações no comportamento estrutural e, dessa maneira, ressalta que não há evidências técnicas que exijam interdição de novas áreas do HGV, além das que já existiam antes dos estalos ocorridos na última sexta-feira (29). O isolamento se mantém no bloco G3.

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Com menos quatro salas do bloco cirúrgico, o HGV passa a ter capacidade para atender um volume menor de pacientes, mas a SES ainda não sabe quantificar com precisão essa redução. “No entanto, há unidades dando reforço. São quatro hospitais de alta complexidade: Miguel Arraes (Paulista, no Grande Recife), Dom Helder Câmara (Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife), Otávio de Freitas (Tejipió, na Zona Oeste do Recife) e Restauração (Derby, área central da cidade). Fora isso, há os leitos de retaguarda, que funcionam normalmente em sua plenitude”, destaca Cristina.

Ainda com o isolamento do HGV, setores como o laboratório foram acomodados em outros espaços. As salas de cirurgias estão sendo readequadas, além da organização de um plano para otimização dos horários dos procedimentos, com o objetivo de garantir os procedimentos necessários para os pacientes da unidade. Também houve remanejamentos de salas para que as consultas do ambulatório pudessem ser realizadas. Dessa maneira, a SES assegura que está mantida a média de 400 atendimentos ambulatoriais por dia no hospital.

A SES informa também que será apresentado um estudo de intervenção para resolver definitivamente os problemas de acomodação estrutural do Bloco G. O cronograma será divulgado nos próximos dias. Enquanto isso, continua a monitorar, junto à empresa de engenharia, a estrutura do prédio.

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