Entrevista: Conheça o 'serumaninho' Marco Luque

Ator que se apresenta em Pernambuco neste sábado (6), no Teatro Guararapes, bateu um papo com o JC
Robson Gomes
Publicado em 06/05/2017 às 5:00
Ator que se apresenta em Pernambuco neste sábado (6), no Teatro Guararapes, bateu um papo com o JC Foto: Fotos: Gustavo Arrais/Divulgação


O paulista Marcos Luque Martins, de 43 anos, conhecido no meio artístico como Marco Luque, está neste sábado (6) em Pernambuco. Ator e humorista, fez seu nome no extinto Custe o Que Custar (CQC), da Band e, recentemente, caiu nas graças do público interpretando o “serumaninho” Mustafary na internet. Junto com o personagem de boas vibrações, Marco apresenta outras figuras no palco do Teatro Guararapes no espetáculo 1, 2, 3 Testando. E antes das cortinas se abrirem, o artista conversou sobre sua vida e carreira com o Jornal do Commercio.

ENTREVISTA // MARCO LUQUE

JORNAL DO COMMERCIO – Marco, em que momento você percebeu que o humor era a sua vida?
MARCO LUQUE – Minha ligação com o humor vem desde muito pequeno. Eu o usava para divertir os meus colegas de turma e os professores, imitando alguém, fazendo graça de alguma situação. Isso me ajudou muito a me comunicar mais, interagir mais com as pessoas à minha volta. Eu sempre fui muito tímido, via e vejo no humor uma forma de mostrar um Marco que eu sempre quis ser.

JC – Quais são as suas maiores inspirações na comédia?
MARCO – Chico Anísio, Jô Soares e Tom Cavalcante.

JC – Você ficou conhecido do público ao comandar a bancada do CQC e foi um dos poucos que ficou do início ao fim do programa na Band. Como você avalia sua trajetória na atração?
MARCO – Uma trajetória de oito anos, de muito aprendizado, em que fiz grandes amigos e pude conviver com uma equipe muito bacana! Acho que o CQC teve uma grande importância na TV porque ele conseguiu mostrar de forma sutil temas políticos, que afetam o dia a dia do povo brasileiro. O programa deixou estes assuntos em maior foco, o que foi um diferencial.

JC – Você já fez stand-up comedy de cara limpa, mas neste espetáculo investe mais nos personagens. Qual desses tipos de humor exige mais de você e porquê?
MARCO – Acredito que independente de estar de cara limpa ou com algum personagem, a responsabilidade e exigência são grandes. Cada apresentação é única, com suas respectivas peculiaridades. Tenho que me dedicar 100% sempre.

JC – Dos personagens que você vai apresentar aqui no Recife, a expectativa grande é para o Mustafary. Você fica surpreso com a proporção que ele tomou, principalmente nas redes sociais?
MARCO – Sim, fico muito feliz com a repercussão que o Mustafary tomou. As pessoas gostam dos conselhos dele, do jeito engraçado que ele enxerga as situações. Criei este personagem há muitos anos e me inspirei em muitas pessoas, e acredito que, por isso, há uma empatia tão grande com o personagem.

JC – O público já tem uma prévia dos personagens de 1, 2, 3 Testando todos os sábados no Altas Horas (Globo). Você está feliz por ter conquistado esse espaço?
MARCO – Sim, muito! É uma experiência ímpar estar trabalhando com uma equipe tão maravilhosa e parceira. Me sinto em casa tamanha receptividade que tenho recebido lá. Além do fato do Serginho (Groisman) ser um amigo querido, que tenho muita admiração.

JC – Além do Altas Horas, você ainda integra o elenco da série Vai Que Cola (Multishow), que também tem um público muito grande e cativo. Foi fácil a sua adaptação ao programa?
MARCO – A interação com outros comediantes no palco é algo fora de série. Estou adorando, é uma grande experiência e ótima oportunidade como humorista.

JC – Do roteiro à estreia, em quanto tempo o 1, 2, 3 Testando ficou pronto?
MARCO – A ideia do projeto era para trabalhar textos novos, interagir com o público e usar bastante improvisação. Ficamos uma curta temporada em São Paulo e decidimos que poderíamos apresentar para o publico nacional. Acredito que isso tudo num período de 6 meses.

JC – O que deixa Marco Luque de mau humor?
MARCO – O que mais me deixa de mau humor é a falta de sensibilidade e preocupação das pessoas com as outras. Não vejo mais aquele respeito, aquele sentimento de empatia e solidariedade. Hoje isso é muito raro, infelizmente.

JC – Você já esteve no Recife fazendo shows várias vezes. Ainda há uma grande expectativa sua para este espetáculo em especial?
MARCO – Sim, pois vejo cada espetáculo como algo único e especial. Estou super ansioso e com uma grande felicidade em poder estar ao lado de vocês novamente. Espero que a gente se divirta bastante. Conto com a presença dessa população tão querida!

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