Pela primeira vez em toda a sua história, o prêmio que é considerado o "Oscar da Dança" conta com seis brasileiros indicados em todas as categorias. Deles, quataro trabalhos são essencialmente pernambucanos.
Ao Prix Benois de la Danse, concorrem: a coreógrafa Deborah Colker, os bailarinos Amanda Gomes e Daniel Camargo, os músicos Jorge Dü Peixe e Berna Ceppas, e o cenógrafo Gringo Cardia. Eles concorrem com alguns dos maiores nomes da arte em todo o mundo. A cerimônia ocorrerá nos dias 5 e 6 de junho no Teatro Bolshoi, na Rússia.
Esta é a primeira vez em que um coreógrafo brasileiro está entre os selecionado. Deborah Colker indicada por Cão Sem Plumas, adaptação do poema do pernambucano João Cabral de Melo Neto, que estreou, em 2017, justamente no Recife.
O espetáculo é uma homenagem ao Rio Capibaribe. Pela mesma obra, estão as indicações de Jorge Dü Peixe e Berna Ceppas, como compositores, e Gringo Cardia, pela cenografia.
"Fiquei super-honrada. Todas as vezes que sou indicada para prêmios, sempre digo que a indicação é que é o importante. Ganhar já é outra etapa. Tomara que ganhe. Mas a indicação, ter esse reconhecimento já vale muito", diz Deborah.
Amanda, 22 anos, é a segunda brasileira indicada à premiação na categoria de bailarinas. Amanda é primeira-bailarina do Ballet da Ópera de Kazan, na Rússia. É ex-aluna da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, Santa Catarina e ganhou a medalha de ouro no International Ballet Competition em Varna, na Bulgária (2016), e a medalha de prata no 13º Moscow International Ballet Competition (2017).
Nascido em Sorocaba, no interior paulista, Daniel Camargo, 26 anos, é o bailarino principal no Dutch National Ballet, nos Países Baixos. Entre 2009 e 2016, dançou no Stuttgart Ballet, na Alemanha.