Para alguns, uma página em branco soa como um convite à provocação, à imaginação, à arte. Para outros, uma parede em tom parecido tem o mesmo efeito inquietador. O festival Recifusion é dedicado àqueles que veem inspiração no lugar do concreto e a todos que acham uma boa ideia dar mais atenção ao grafitti. O evento chega ao clímax neste sábado (23) e domingo (24), na Rua da Fundição, das 9h às 23h.
Nesse espaço, dará início a etapa mais movimentada do festival, chamada Culminância Multicultural, na qual mais de 60 grafiteiros fazem intervenção coletiva nos muros da Compesa, da Escola Ana Rosa e do Colégio IEP. Além da pintura dos painéis, o final de semana conta com sorteio de telas, apresentação de trabalhos feitos em oficinas, DJs e bandas (veja o quadro ao lado).
Hoje, o set conta com os DJs Lotto, um apaixonado pelo rap, e Daga, que traz no repertório influências da bossa nova, samba rock e MPB. Além deles, sobem ao palco o MC Zé Ninguém, que se divide na carreira solo e no coletivo Chave Mestra, e Zé Brown, famoso por unir ritmos como o repente, a embolada e o aboio às batidas do rap, beat, break, soul, funk e rock. Sempre munido de seu pandeiro, o artista é o destaque musical do festival.
Amanhã, o Recifusion recebe o DJ Big, que mescla hip hop com drum bass, samba, e afoxé. Completam a programação a banda de reggae Trindade Dub, Sagaz das Atalaias e o Coral Vozes da Esperança, formado por alunos com necessidades especiais.
No site do festival (
www.recifusion.com), é possível conhecer a lista heterogênea de grafiteiros que compõem o evento. “A gente sempre tenta selecionar artistas que estão nascendo agora, se dedicando. É importante fazer a cena crescer, criar respaldo no cenário mundial. Além disso participam artistas que já pintam há vinte anos”. diz Johnny.
Leia a matéria completa no Caderno C deste sábado (23).