Estudiosos anunciam ter descoberto descendentes da família de Da Vinci

Pesquisas sobre a árvore genealógica de Da Vinci foram feitos com base em documentos, já que os restos mortais se perderam
Patrick Kovarik/AFP
Publicado em 15/04/2016 às 12:00
Pesquisas sobre a árvore genealógica de Da Vinci foram feitos com base em documentos, já que os restos mortais se perderam Foto: Reprodução


Pesquisadores italianos anunciaram, nesta quinta-feira (14/4), a descoberta de descendentes vivos do gênio do Renascimento Leonardo da Vinci, apesar do desaparecimento de seus restos mortais e da impossibilidade de realizar testes de DNA.

Em uma entrevista coletiva em Florença, os historiadores Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato disseram que a família do pintor e matemático não se extinguiu como se pensava.

Iniciada em 1973, sua pesquisa permitiu descobrir cerca de 35 descendentes da família do pintor da Mona Lisa. Um deles seria o diretor e produtor Franco Zeffirelli, por trás das câmeras de Romeu e Julieta (1968) e La Traviata (1983), segundo a imprensa local.

Leonardo de Vinci nunca teve filhos. Seus descendentes são, na verdade, da linhagem de seus irmãos e irmãs.

Os restos mortais do mestre toscano se perderam nas guerras religiosas que se sucederam a sua morte, em 1519, o que privava os pesquisadores de preciosas amostras de DNA para tentar mapear cinco séculos depois membros de sua família.

Os pesquisadores reconstituíram, porém, sua árvore genealógica, com base em documentos encontrados em igrejas e em registros prediais e buscando, sobretudo, as mulheres da família. Detalhes esses que escaparam a estudiosos no passado.

O anúncio de descendentes vivos da família do mestre do Renascimento espalhou emoção em Vinci, sua cidade toscana natal.

"Minha mãe Dina tinha razão. Ela tinha falado para gente de documentos e cartas escritas há anos e que se podia ler apenas no espelho", referindo-se ao fato de Da Vinci escrever, às vezes, da direita para a esquerda, disse Giovanni Calosi ao jornal La Stampa.

"Nunca demos importância a esses documentos, que se perderam, ou venderam. Mas o que consideramos muito tempo uma lenda transmitida de geração para geração se mostrou verdade", acrescentou este ex-livreiro que há nove anos colabora com o estudo.


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