Greenmix é o primeiro grande mercado funcional da cidade

Em Boa Viagem, loja conta com mais de 5 mil itens e restaurante
Bruno Albertim
Publicado em 08/05/2015 às 5:26
Em Boa Viagem, loja conta com mais de 5 mil itens e restaurante Foto: Ricardo B. Labastier/JC IMAGEM


No admirável mundo novo é assim: apenas na Alemanha, líder mundial na economia de alimentação saudável, só os orgânicos movimentam sete bilhões de euros (cerca de R$ 23 bi) por ano. Em Berlim, podemos encontrar supermercados de até dois andares repletos de alimentos sem agrotóxicos ou outros químicos potencialmente tóxicos. No Brasil, esse mercado engantinha, mas já dá passos largos: segundo dados da Feira Internacional de Alimentação Saudável, evento anual em São Paulo, gastamos cerca de R$ 10 milhões por ano com alimentos funcionais.

Embora praticamente todos os bairros da cidade contem com uma lojinha onde encontramos produtos rotulados de saudáveis, o Recife acaba de ganhar seu primeiro grande mercado de comida funcional (pelo termo, entenda-se alimentos que não apenas não fazem mal, mas que potencializam o desempenho do organismo). Instalado numa área de 700 metros quadros, dois pisos, vidros, porcelanato e outros cacoetes da arquitetura contemporânea, o GreenMix impressiona pelo tamanho. São mais de cinco mil itens, a maior parte deles importado.

A proposta dos proprietários (que migraram do ramo da educação para o de alimentos, e preferem não revelar o investimento) é que se possa fazer realmente compras para a despensa doméstica. De artigos de delicatessen a pratos prontos, de grãos a pães sem trigo, de guloseimas a suplementos para atletas, há de tudo. A seção de massas congeladas, sem glúten, de massa de batata ou fécula, por exemplo, é uma das maiores: um ravióli de 500 gramas custa em média R$ 38. Ovos caipiras são provenientes de Gravatá. O frango, orgânico, de uma fazenda em São Paulo.

Os preços, naturalmente, são mais altos que os correlatos não-funcionais (e às vezes um pouco maiores que os já praticados nas lojinhas “naturebas” da cidade). Um pacote de “biscoitos de chocolate” americano, sem glúten e lactose, custa R$ 21,63. O mix de pãos frescos (R$ 32/ KG) sem glúten impressiona.

No primeiro andar, um restaurante funciona sob o comando da talentosa Karyna Maranhão. Do café da manhã à ceia (a casa fecha às 20h), a chef usa sua ampla form,ação comspolita para dar beleza e sabor ao que se encontra lá embaixo. Entre os pratos, o risoto integral com camarões grelhados, com pomodo e pesto caseiro é um dos mais chamativos. Em breve, uma ilha de saladas e pratos frios com preço fixo estará em funcionamento. Mas a cozinha já serve pequenas delicadezas suculentas como o mil folhas de abobrinha grelhada com creme de queijo, búfala, tomatinhos e lascas de amêndoa.

O tíquete médio da refeição é de R$ 40. Frituras, açúcar refinado, farinha branca, glúten e lactose são totalmente vetados entre as mesas.

Av. Conselheiro Aguiar, 1044. Boa Viagem. F.: 3198-7250. Diariamente, das 9h às 20h.

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