Jogos vorazes: a esperança - parte 1 invade cinemas brasileiros

Depois de sessão à meia-noite, filme toma salas de assalto
Do JC Online
Publicado em 19/11/2014 às 6:00
Depois de sessão à meia-noite, filme toma salas de assalto Foto: Paris Filmes/Divulgação


Vai ser algo nunca visto nos cinemas brasileiros. Quem reclama que o mercado do País é formatado para exibir a produção de Hollywood vai ter motivos de sobra para reclamar. O novo filme da franquia Jogos vorazes toma de assalto metade do circuito exibidor.

 

A partir desta quarta-feira (18), e antes dos EUA, serão mais de 1.300 salas exibindo Jogos vorazes: A esperança - parte 1. No original, é Hunger games: Mockinjay (O Tordo), como a personagem de Jennifer Lawrence é conhecida. 

Anunciada para ser uma trilogia, a série adaptada dos livros de Suzanne Collins é, na verdade, uma tetralogia. Você vai ter de esperar um ano pela conclusão, no fim de 2015.

Vamos começar de novo – seria tão mais fácil para efeitos de protesto (a denúncia da dominação do mercado por Hollywood) se Jogos vorazes: A esperança – parte 1 fosse ruim, mas o diretor Francis Lawrence não cooperou. Fez o melhor filme da franquia. Jennifer Lawrence nunca foi mais bela, talentosa nem intensa.

E o filme ainda tem Julianne Moore como a presidente Alma Coin, que lidera a rebelião contra a Capital e o presidente Snow (Donald Sutherland), utilizando-se do estandarte representado por Kitness Everdeen. Como o ‘tordo’, mockinjay, ela encarna a resistência ao poder ditatorial.

Num futuro distópico, num país chamado Panem, a metrópole tecnicamente avançada – a Capital – domina os distritos, que contribuem com suas riquezas para o poder central. Todo ano, a Capital realiza os jogos vorazes, em que competidores jovens disputam até a morte, para lembrar uma revolta que houve no passado.

Kitness surge nos jogos, vira o tordo – um símbolo – e combate a ditadura. O mundo tem mudado nos últimos anos. Revoluções têm sido feitas – no mundo árabe, por exemplo – por jovens que se utilizam das ferramentas que a tecnologia digital oferece. A Capital sabe disso e transforma tudo em propaganda. 

Existem cenas ótimas em Jogos vorazes: A esperança. Quando a máquina de propaganda tenta conseguir que Kitness grave palavras de ordem, incitando à rebelião, Gale (Liam Hemsworth) observa que ela não rende tão bem dizendo um texto pré-escrito. 

A ação leva à improvisação, e ela é ótima. O namoradinho Peeta vira o vilão, Kitness segue dividida entre Gale e ele. A trama dá muitas reviravoltas. Termina em suspenso, com encontro marcado para daqui a um ano para resolver tudo.

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