Nem o casca grossa Jason Statham salva A espiã que sabia de menos

Comédia com Melissa McCarthy estreia nesta quinta-feira (4/6) em circuito nacional
Ernesto Barros
Publicado em 04/06/2015 às 11:26
Comédia com Melissa McCarthy estreia nesta quinta-feira (4/6) em circuito nacional Foto: Fox FIlms/Divulgação


Um é pouco, dois é bom, três é demais! Essa equação pode ser aplicada à comédia A espiã que sabia de menos, o terceiro encontro entre o diretor Paul Feig e a atriz Melissa McCarthy, que estreia nesta quinta-feira (4/6) em circuito nacional. A qualidade dos filmes da dupla vem caindo numa proporção inversa: o primeiro, Missão Madrinha de casamento, foi uma pândega; o segundo, As bem-armadas, valeu pelo encontro entre Melissa e Sandra Bullock; mas este último não se salva nem mesmo com a ajuda do casca grossa Jason Statham.

Para quem não lembra, Melissa McCarthy roubou a cena em Missão madrinha de casamento. Ela e as amigas madrinhas têm uma dor de barriga homérica quando comem uma feijoada num restaurante brasileiro. Esse humor sacana, desrespeitoso e acintosamente de mau gosto foi perdendo espaço nos filmes seguintes. Tanto em As bem-armadas como em A espiã que sabia de menos as cenas de violência tomaram lugar das piadas.

Aqui, Feig chega ao cúmulo de espalhar sangue digital em várias cenas. O recurso, além de feio, é totalmente falso. Melissa, obviamente, está bem da primeira à última cena (sim, depois dos créditos tem uma ceninha mais engraçada do que muitas que aparecem durante o filme).

O humor depreciativo ainda é a principal arma dela. O.k, Melissa vem se repetindo, mas não dá para dizer que ela está mal. Depois da agente do FBI em As bem-armadas, ela agora é Susan Cooper, uma agente da CIA. Ao contrário da personagem do filme anterior, porém, Susan trabalha atrás de um birô, sendo os olhos e os ouvidos do agente Bradley Fine (Jude Law), um êmulo de 007 por quem ela tem uma queda.

Quando o agente é dado como morto, Susan é recrutada para ir atrás de um grupo de bandidos que pretendem vender uma ogiva nuclear a quem der mais. Como nos filmes de espiões, há um grande elenco de luxo para auxiliar Melissa: a australiana Rose Byrne e a brasileira Morena Baccarin, além dos citados Jude Law e Jason Statham.

O que há de mais estranho é o contraste entre o estilo profissional de Paul Feig, mais adequado a um filme de espionagem sério – há cenas filmadas na Hungria e em Roma –, e o escracho de Melissa. Enquanto seu humor físico está em segundo plano, Feig acha que está fazendo um filme de James Bond.

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