A americana Rooney Mara é a mais nova atriz a engrossar o coro contra a disparidade salarial entre homens e mulheres em Hollywood. Ela se junta às também atrizes Jennifer Lawrence e Lena Dunham, que recentemente escreveram protestando contra essa desigualdade.
Indicada ao Oscar por seu papel em "Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres", Rooney se diz "frustrada".
"Estive em filmes em que contracenei com homens que recebiam o dobro do que eu, e isso reflete o tempo que vivemos", disse ao jornal britânico "The Guardian".
"Para mim é frustrante, mas ao mesmo tempo sou grata por pelo menos ser paga pelo que faço. Não é justo, mas quando penso no quanto recebem professores ou outras pessoas cujo trabalho é muito mais importante do que o meu, então é um pouco difícil de reclamar."
Ela se soma a outras tantas que já se queixaram da disparidade salarial. Atriz mais bem paga do ano passado, segundo a revista "Forbes", Jennifer Lawrence escreveu um texto queixando-se da desigualdade de ganhos.
"Quando houve a invasão da Sony, e eu descobri o quanto fui paga a menos do que aqueles sortudos portadores de p., eu não fiquei com raiva da Sony. Eu fiquei com raiva de mim mesma. Falhei como negociadora por ter desistido muito cedo", escreveu Jennifer.
No Twitter, ela ganhou o apoio de Elizabeth Banks e Emma Watson. A também atriz Jessica Chastain também classificou essa disparidade como "completamente injusta", em entrevista à revista "Variety".
No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres está próxima de 30% e vem caindo em ritmo lento.
Rooney Mara atualmente promove o filme "Carol", uma das obras mais cotadas para disputar o próximo Oscar, sobre um relacionamento lésbico ambientado nos anos 1950. No filme, ela contracena com Cate Blanchett. Ela também está no elenco de "Peter Pan", atualmente em cartaz no Brasil.