Limite é o melhor filme brasileiro de todos os tempos

Lista da Abraccine dos 100 melhores filmes inclui seis produções dirigidas por pernambucanos
Do JC Online
Publicado em 26/11/2015 às 12:30
Lista da Abraccine dos 100 melhores filmes inclui seis produções dirigidas por pernambucanos Foto: Divulgação


Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) divulgou ranking das 100 melhores produções do país e o filme mudo Limite, único longa-metragem dirigido por Mario Peixoto, apresentado pela primeira vez em 1931, está no topo da lista. Participaram da votação 100 críticos e jornalistas especializados de todo o País. Logo em seguida vêm dois clássicos do Cinema Novo – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha, e Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos. Em quarto lugar está a obra-prima dos documentários brasileiros, Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho. 

A lista inclui seis produções dirigidas por pernambucanos, O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, é o mais bem colocado, em 15º lugar. Na lista ainda estão O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes, em 63º, Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda, em 73º; Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, 75º; Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 76º; e Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis, em 86º lugar.

Ilhas das Flores, de Jorge Furtado, é o único curta-metragem do ranking, que será publicado pela editora Letramento, reunindo ensaios de cada um dos filmes mais votados, entre as 379 obras citadas pelos críticos. Glauber é o cineasta com mais obras presentes na lista - cinco: Deus e o Diabo na Terra do Sol (2º), Terra em Transe (5º), O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (33º), A Idade da Terra (57º) e  Di (88º). Com quatro, estão Rogério Sganzerla, Joaquim Pedro de Andrade, Nelson Pereira dos Santos, Hector Babenco e Carlos Reichenbach.  

Ranking da Abraccine 

1 – Limite (1931), de Mario Peixoto 

2 – Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha 

3 – Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos 

4 – Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho 

5 – Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha 

6 – O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla 

7 – São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person 

8 – Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles 

9 – O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte 

10 – Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade 

11 – Central do Brasil (1998), de Walter Salles 

12 – Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco 

13 – Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado 

14 – Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman 

15 – O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho 

16 – Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho 

17 – Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho 

18 – Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues 

19 – Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias 

20 – São Bernardo (1974), de Leon Hirszman 

21 – Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna 

22 – Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri 

23 – Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra 

24 – Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro 

25 – Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci 

26 – A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos 

27 – Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos 

28 – Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho 

29 – Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos 

30 – Tropa de Elite (2007), de José Padilha 

31 – O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade 

32 – Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci 

33 – Santiago (2007), de João Moreira Salles 

34 – O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha 

35 – Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha 

36 – O Invasor (2002), de Beto Brant 

37 – Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira 

38 – Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane 

39 – Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto 

40 – Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra 

41 – O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga 

42 – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral 

43 – Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla 

44 – SuperOutro (1989), de Edgard Navarro 

45 – Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach 

46 – À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins 

47 – Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas 

48 – A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla 

49 – Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos 

50 – Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach 

51 – A Margem (1967), de Ozualdo Candeias 

52 – Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor 

53 – Madame Satã (2000), de Karim Ainouz 

54 – A Falecida (1965), de Leon Hirzman 

55 – O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins 

56 – Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978) 

57 – A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha 

58 – Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles 

59 – O Grande Momento (1958), de Roberto Santos 

60 – O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra 

61 – O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco 

62 – O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade 

63 – O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes 

64 – O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto 

65 – A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior 

66 – O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person 

67 – Ônibus 174 (2002), de José Padilha 

68 – O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane 

69 – Meu Nome é Tonho (1969), de Ozualdo Candeias 

70 – O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz 

71 – Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert 

72 – Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky 

73 – Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda 

74 – Estômago (2010), de Marcos Jorge 

75 – Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes 

76 – Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira 

77 – Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias 

78 – Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco 

79 – O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni 

80 – Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach 

81 – Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina 

82 – O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho 

83 – A Marvada Carne (1985), de André Klotzel 

84 – Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna 

85 – Inocência (1983), de Walter Lima Jr – 

86 – Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis 

87 – Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J –B – Tanko 

88 – Di (1977), de Glauber Rocha 

89 – Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade 

90 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins 

91 – Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia 

92 – Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues 

93 – Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach 

94 – Aruanda (1960), de Linduarte Noronha 

95 – Carandiru (2003), de Hector Babenco 

96 – Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci 

97 – O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla 

98 – O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger 

99 – Meteorango Kid, Herói Intergalactico (1969), de Andre Luis Oliveira 

100 – Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade*

101 – Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana*

Empatados na última colocação, com o mesmo número de pontos –


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