Mário Gomes foi um dos galãs mais famosos da televisão brasileira durante os anos 1980. Ele tem mais de 30 novelas no currículo, incluindo sucessos como Guerra dos Sexos e Gabriela. Mas atualmente, afastado da Globo, às vésperas de completar 65 anos, o ator está vendendo hambúrgueres em praia da Zona Sul do Rio de Janeiro.
O ator está esperando enquanto as gravações do seriado Magnífica 70, do HBO. "Estou fazendo uma experiência. Me preparando para investir em food truck", afirmou ao jornal carioca Extra.
Mário está no local todo o fim de semana, acompanhado do filho, João, de dez anos. "Fico bebendo minha cachaça e vendo esse visual da praia".
Seu último trabalho na Rede Globo foi na novela A Favorita, em 2008. Depois ele tentou uma carreira no teatro, que não deu muito certo. “Não tenho nada contra ninguém, não sou saudosista. Mas tenho consciência da minha trajetória e da força do meu nome. Já fui o Neymar da televisão”, desabafa.
Mário Gomes não deixa o trabalho como ator de lado. "Agora vou ser professor, darei um curso no Polo de Cinema e Vídeo de como ter seu próprio canal de televisão. Ele também fez trabalho voluntário no Retiro dos Artistas "Recebi até ligação de Fernanda Montenegro me parabenizando", contou.
Em 1976, Mário Gomes tentou carreira de cantor e fez sucesso com a música Chiclete Cabochard, que integrou a trilha sonora da novela Duas Vidas.
Grande galã das novelas dos anos 1970, na Globo, Mário Gomes teve sua carreira marcada por uma episódio envolvendo uma suposta cenoura. Na época, foi espalhado o boato de que ele teria dado entrada em um hospital com uma cenoura no ânus. Segundo o ator, que se pronunciou décadas depois sobre o assunto, a notícia foi espalhada pelo diretor Daniel Filho, então marido de Betty Lago, atriz com quem Mário estava tendo um caso.
"A história da cenora, bem ou mal, foi uma tentativa de assassinato. Mas não me matou. Como Nietzsche diz: 'o que não mata, nos fortalece' (...) Ele queria apagar um chifre (...) Queriam que eu reagisse porque fui criado com a família Gracie (...) E eles se enganaram, sempre fui avesso à irracionalidade da violência física", disse o ator em entrevista ao IG, em 2012.