Juliana Knust é a repórter do fim do mundo em 'Apocalipse'

Atriz carioca conversa com o JC sobre sua primeira protagonista de novela em 20 anos de carreira; Trama estreia nesta terça-feira (21)
Robson Gomes
Publicado em 21/11/2017 às 5:00
Atriz carioca conversa com o JC sobre sua primeira protagonista de novela em 20 anos de carreira; Trama estreia nesta terça-feira (21) Foto: Foto: Munir Chatack/Record TV


Há 20 anos, a atriz Juliana Knust estreava na televisão dando vida à gordinha Laura, na 3ª temporada de Malhação. Após inúmeros papéis coadjuvantes nas tramas da Globo, sua primeira protagonista chega agora em 2017, quando assinou contrato com a Record TV e interpretará a jornalista Zoe Santero da novela Apocalipse, de Vivian de Oliveira, que estreia na noite desta terça-feira (21). Em entrevista ao Jornal do Commercio, a carioca de 36 anos fala sobre este desafio, o novo mercado de atores, vida pessoal e espiritualidade.

ENTREVISTA // JULIANA KNUST

JORNAL DO COMMERCIO – Juliana, em 2017 faz 20 anos de sua estreia na TV em Malhação. Como você avalia a sua trajetória como atriz?
JULIANA KNUST – Me sinto uma pessoa privilegiada por conseguir viver da minha arte por tantos anos neste País tão complicado. Sou grata por todos os trabalhos que fiz. Tenho um carinho especial por cada personagem. Comecei muito jovem e amadureci muito com cada experiência na TV, no cinema ou no teatro. E vou continuar aprendendo com os próximos que virão. Quando vejo meu currículo fico assustada com a quantidade de trabalhos que já realizei. O tempo passou depressa demais. Nem parece que são 20 anos de carreira. Me sinto muito feliz! Espero continuar me expressando através de minha arte por muitos e muitos anos. Que venham bons personagens!

JC – Zoe Santero, de Apocalipse, é a sua primeira protagonista de novela. Qual a sua expectativa para este trabalho?
JULIANA – Acho que temos uma grande novela! Texto, direção, produção e elenco. Muita gente extremamente talentosa nesse barco! Que bom estar dentro desse projeto tão grandioso! Estou me doando de corpo e alma para a minha Zoe e espero que tenhamos um bom retorno do público. Tudo está sendo feito com muito amor e dedicação. Espero que seja um grande sucesso!

JC – A Zoe, de Apocalipse, é uma jornalista. Como foi o processo de composição desta personagem?
JULIANA – Conversei muito com uma grande amiga minha que é jornalista, a Marina Araújo. Queria entender um pouco mais desse universo do jornalismo. Ela foi fundamental na minha construção de personagem, me dando dicas que fizeram toda a diferença no meu processo. Além dos papos com a Marina, fiz algumas vivências na área de jornalismo da Record TV. Pude acompanhar algumas equipes em matérias externas e visitei a redação, conversei com produtores, editores e jornalistas. Além de um trabalho paralelo que faço com a coach Katia Achcar, onde criamos um perfil completo de personagem. Acho que tudo isso foi fundamental pra que a gente consiga passar o máximo de veracidade possível.

JC – Quais são os desafios de fazer parte da primeira trama bíblica contemporânea da Record TV?
JULIANA – Acho que vamos conquistar um grande público com essa novela. A Record já vem há bastante tempo fazendo novelas bíblicas de época. E agora estamos vindo com essa novidade: Uma novela atual, moderna e contemporânea. A novela tem um ritmo diferente, um colorido diferente. Aborda questões muito interessantes, é recheada de conflitos, mistérios, romances... Acho que vai fazer o público debater, questionar, se identificar, refletir. Esse é o papel da arte, em geral. E sinto que estamos no caminho certo!

JC – O que tem chamado sua atenção no texto da novela?
JULIANA – Tenho 38 capítulos em mãos e já li todos! E fico aguardando os próximos. Doida pra saber como as tramas irão se desenrolar. As sequências prendem o leitor e certamente irão prender o telespectador! A história vai abordar muitos temas diferentes. As pessoas vão se emocionar e também se divertir muito, porque apesar de tanta tensão, também teremos personagens engraçados costurando as tramas.

JC – Você estreou na Record TV este ano, após quase 20 anos na TV Globo. O que te levou a buscar experiências fora da emissora carioca?
JULIANA – Acho que estamos vivendo um novo momento da teledramaturgia. Antigamente existiam os atores da Globo e os atores da Record. Isso está acabando... Os atores agora circulam pelas emissoras de forma natural. Os contratos agora são por obra certa, o que nos dá a possibilidade de ir e vir. Acho que o mercado está crescendo, as portas estão se abrindo. E isso é maravilhoso não só para os atores, mas pra todos os profissionais que vivem dessa arte. Produtores, figurinistas, maquiadores, iluminadores... São muitos profissionais envolvidos nessa grande magia que é fazer televisão.

JC – Aos 36 anos, você está casada e tem dois filhos. Você se sente realizada pessoalmente e profissionalmente?
JULIANA – Sou casada há 9 anos e tenho dois filhos: Matheus de 7 anos e Arthur, de 2. São as minhas preciosidades. Me sinto extremamente realizada!

JC – Apocalipse trata, basicamente, do fim dos tempos. O que você faria se soubesse que o mundo fosse, de fato, acabar?
JULIANA – Aproveitaria os últimos momentos grudada na minha família. Não importa onde! Só o fato de estar junto deles, já me deixaria em paz e feliz.

JC – Embora não seja requisito para trabalhar na Record TV (que é uma emissora evangélica), qual a sua relação com a espiritualidade?
JULIANA – Não tenho uma religião. Já circulei por várias. Vou aonde me sinto bem e em paz. Gosto de me conectar com essa energia grandiosa que move o mundo. A energia do amor. Tenho minha fé, converso com Deus e ensino os meus filhos a conversarem com Papai do Céu. Todas as noites fazemos nossas orações e agradecemos pela vida, pela nossa família, pela nossa saúde. Quero que meus filhos sejam gratos. A gratidão transforma o que temos em suficiente!

JC – Apocalipse é considerado pela Record TV o produto mais ousado da emissora até então. Em que sentido você tem se permitido ousar neste trabalho?
JULIANA – Hoje eu ouso mais no meu trabalho porque me sinto mais madura como profissional. Ouso no sentido de me arriscar mais. E não ter medo de perguntar, questionar, medo de errar, de dividir as minhas opiniões sobre uma cena ou outra. Porque, definitivamente, estamos todos juntos querendo fazer o melhor. E, para que o melhor aconteça, precisamos ser parceiros nessa jornada deliciosa!

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