A literatura perdeu neste sábado (21/10) um de seus nomes mais proeminentes. Segundo informações de Margarida Cantarelli, presidente da Academia Pernambucana de Letras, o poeta pernambucano Marcus Accioly faleceu na manhã deste sábado, aos 74 anos. O corpo será velado amanhã, na prefeitura de Aliança-PE e sepultado às 11h, no cemitério do município.
Marcus Morais Accioly nasceu em Aliança, município da Mata Setentrional Pernambucana, em 21 de janeiro de 1943, e foi integrante da Geração 65 e do Movimento Armorial. Membro da Academia Pernambucana de Letras, na qual ocupa a cadeira 19, deixada por João Cabral de Melo Neto e que tem como patrono Paulo Arruda, tendo sido eleito no dia 24 de Janeiro de 2000 e empossado no dia 26 de outubro do mesmo ano, Accioly deixa uma vasta contribuição literária como legado.
O escritor graduou-se em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco, e Pós-graduou-se em Teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco, onde ministrou aulas até sua aposentadoria.
Vencedor, entre várias honrarias, do Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, e Prêmio de Poesia, da Associação Paulista dos Críticos de Artes, ambos pela obra Narciso, o poeta deixou como legado uma vasta produção literária. Além de ter publicado 14 livros e deixado dez inéditos, Marcus contribuía para o Jornal do Commercio com artigos de opinião publicados quinzenalmente às quintas-feiras.
Obras: Cancioneiro (1968); Nordestinados - poemas Canção (1971); Xilografia (1974); Sísifo (1976); Poética (1977); Ó(de)Itabira (1980); Narciso (1984);Íxion (1986); Guriatã (1986); Para(ti)nação (1986); Poética-Popular; Érato Latinoamérica; Louvação & Incelença; O Exílio da Canção.