SÃO PAULO - Com a diabetes controlada graças a um ajuste feito em sua medicação, após ter sido internado em março para exames, o cantor Cauby Peixoto volta a recorrer a outro remédio infalível para a recuperação de sua saúde: o palco. Nesta segunda (25/5), ele fará um novo show no Bar Brahma do centro, com hits de sua carreira.
Em razão da grande procura por ingressos, haverá outras apresentações nos dias 1º e 8 de junho, no mesmo local. No repertório entrarão canções internacionais e nacionais, como de Tom Jobim (1927-1994) e Ivan Lins. Além, claro, daquelas que sua voz consagrou.
"Se ele não canta Bastidores nem Conceição, os fãs ficam loucos", ri Nancy Lara, empresária do cantor.
Ansioso pela volta, o ídolo passou o fim de semana entre repouso e estudos das canções do show. "Sempre incluo ou mudo músicas no repertório. Estava afastado do palco havia três meses, pois tratava da saúde, fazendo check-ups", diz Cauby Peixoto. O cantor, de 84 anos, refere-se às três semanas de março em que ficou internado, em São Paulo.
A finalização do disco que lança agora, Cauby sings Nat King Cole, também lhe tomou tempo. Em São Paulo, os shows do novo álbum acontecerão em julho, ainda sem local definido.
"Além disso, estava escolhendo as músicas de um outro disco. Na minha carreira, sempre me guiei pelo repertório. Gosto de cantar músicas bonitas, bem-feitas e difíceis", encerra.
Minha voz é a dádiva que Deus me deu
Quem acompanha Cauby Peixoto de perto reforça que o artista é de poucas palavras, mas não poupa esforços, ao longo dos dias, para cantar. Aos 84 anos, o ídolo diz ser cuidadoso com a voz. "É por isso que falo pouco. Também não costumo alterar a voz ou discutir com as pessoas", justifica o cantor.
A alimentação é regrada. "Não bebo nada gelado nem bebidas alcoólicas. Também não fumo", completa.
Para ele, sua voz é um dom preservado. "É a dádiva que Deus me deu, e a mantenho boa até hoje. E, com ela, posso fazer o que mais gosto, que é cantar", conta ele.
Nada melhor para quem cresceu em uma família de músicos e ingressou na profissão ainda muito jovem. "Vivo para cantar. A minha vida é a música. Casei-me com ela e com a minha carreira. Foi um matrimônio que deu certo", define.