Elza Soares: R$ 92 mil; Gal Costa: R$ 114 mil. Nação Zumbi: R$ 120 mil. Os preços incluem bandas, técnicos e assessores. Quem passa pela lateral do palco principal do Festival de Inverno de Garanhuns, na Praça Mestre Dominguinhos, pode conferir quanto cada apresentação custa aos cofres públicos. Um banner fixado pela Secretaria de Cultura de Pernambuco informa exatamente o valor de cada show nesta 26ª edição do festival.
"Essas informações, na verdade, já eram públicas, através do Diário Oficial e do Portal da Transparência", comenta a diretora de comunicação da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Michelle Assumpção, responsável pela coordenação da ação. "Mas uma nova lei, este ano, obriga que a informação seja ainda mais publicizada", diz ela.
A LEI
Consequência da pressão popular depois de uma série de escândalos envolvendo desvios de verbas públicas em apresentações artísticas contratadas por emendas paralamentares e órgãos públicos a lei 15.818, de autoria do deputado Rodrigo Novais, foi publicada em 31 de março de 2016. Exige a publicação, em banners e nos locais onde os eventos aconteçam.
Poucos shows do FIG 2016 ultrapassam a marca de R$ 100 mil por apresentação.Enquanto o show de Elba Ramalho e banda, por exemplo, custou R$ 105, a apresentação do músico pernambucano Clayton Barros (ex-Cordel do Fogo Encantado) custou R$ 7 mil.
Com redução de orçamento, o Festival de Inverno de Garanhuns custará, este ano, R$ 6,5 milhões ao Governo do Estado. Houve edição em que o orçamento chegou a R$ 22 milhões.